Moradores do Noroeste e Chácara dos Poderes pressionam por soluções urgentes após morte de motociclista na BR-163
Após a reunião realizada nesta quarta-feira (29), a CCR MSVia, administradora da BR-163, apresentou ações que devem ser tomadas pela concessionária, assim como aquelas que já foram realizadas, no sentido de diminuir a ocorrência de acidentes no anel viário de Campo Grande. Estiveram presentes representantes da empresa, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da ANTT, além de cinco moradores dos bairros Noroeste e Chácara dos Poderes.
No entanto, a CCR não atendeu à principal solicitação dos moradores, que era a instalação de semáforos. Segundo a empresa, essa medida poderia, na verdade, aumentar o número de acidentes, incluindo colisões traseiras e engavetamentos. A CCR justificou sua posição apontando que, em trechos anteriormente semaforizados da BR-163/MS, houve um aumento de 50% nos acidentes após a instalação dos semáforos.
Motociclista morreu em acidente na segunda-feira
O acidente que levou à morte de Roger de Almeida Barbosa, na última segunda-feira (27), gerou uma manifestação de cerca de 200 moradores da região, que bloquearam ambos os lados da rodovia na tarde de terça-feira (28), cobrando melhorias urgentes na segurança do local.
A manifestação foi motivada pela crescente preocupação com o alto número de acidentes na BR-163, especialmente no perímetro urbano de Campo Grande. Este trecho, particularmente o anel viário, é considerado um dos mais críticos do estado em termos de acidentes, com 865 registros em 2024, dos quais 238 foram graves, resultando em 74 mortes.
O protesto, que teve grande apoio da comunidade, exigiu, entre outras ações, a instalação de semáforos e a implementação de redutores de velocidade.
Lindamar Rodrigues Valério de Oliveira, vice-presidente da Associação de Moradores da Chácara dos Poderes, destacou a urgência das medidas. “A luta por melhorias é antiga. Precisamos de ajuda para evitar mais tragédias, ao menos um redutor de velocidade”, afirmou.
A situação foi reconhecida também pelo superintendente da PRF, João Paulo Pinheiro Bueno, que ressaltou a gravidade do cenário. Ele destacou que o anel rodoviário de Campo Grande é o local com maior número de acidentes no estado, e a combinação de veículos leves e pesados, somada à falta de visibilidade em alguns pontos, torna a rodovia ainda mais perigosa.
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