Deputado João Henrique Miranda Soares Catan (PL) já defendeu empresa alvo da Polícia Federal por receber dinheiro furtado de aposentados do INSS. A firma envolvida em um grande esquema recebeu R$ 16 milhões de uma associação, conforme relatório da investigação.
Vídeo de sessão da Assembleia Legislativa mostra João Henrique fazendo acusações à diretoria da Cassems, sugerindo maus-feitos no plano de saúde dos servidores estaduais. Miranda chegou a ser repreendido pelos colegas da Casa, que alegam fake News e ataques baixos. Mas continuou.
Na gravação, há cerca de 20 dias, o deputado bolsonarista elogia, com ênfase, a empresa atualmente investigada, que é a Prevident Assistência Odontológica S.A.
”Hoje, a Previdente, que é uma empresa séria… tem mais de 37 anos no mercado… 20 mil dentistas…cancelou contrato com outra empresa e suspendeu os atendimentos porque não recebia os repasses’’, alegou João Henrique na gravação.
Apuração
Segundo relatório de investigação da PF, associação AMBEC foi alvo de auditoria do Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União, que suspeitaram de descontos nas aposentadorias de beneficiários do INSS. O detalhe é que as vítimas não sabiam ou não consentiam com os descontos, que mesmo assim eram feitos.
A investigação mostrou que o ‘’cabeça’’ do esquema repassava valores da AMBEC para outras empresas, sendo a Prevident uma delas. A ex-diretora da firma odontológica assim como o atual chefe foram alvos de mandados de busca e apreensão. A PF divulgou que o atual mandatário recebeu valores milionários da AMBEC.
”…tendo recebido a quantia de R$ 16.365.082,20 da ‘AMBEC”, conforme consta no RIF n.º 109.535”, anotou o delegado no relatório. O detalhe é que o atual diretor da Prevident já foi comandou a AMBEC.
Foram 22 alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal de primeira instância, entre empresas, empresários e associações que atuam junto a aposentados.
O espaço está aberto para manifestação dos envolvidos.
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