Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos completaram 76 anos de casados, branco de Cipreste, na última quarta-feira (3).
São pouco mais de sete décadas de amor, companheirismo, união, carinho, paciência, amizade, paixão e o mais importante de tudo: muito respeito.
Ao longo de sete décadas, ambos formaram uma família gigantesca: são 12 filhos (9 vivos e 3 mortos), 20 netos, 10 bisnetos e 4 tataranetos.
Eles se conheceram em setembro de 1948, na Fazenda Várzea Alegre, em Nioaque, município localizado a 183 quilômetros de Campo Grande. Ela tinha 15 anos e ele 17.
Dona Lídia nasceu em 3 agosto de 1933 e Seu Gabriel nasceu em 18 de março de 1930, ambos em Nioaque. Lídia morava na fazenda e Gabriel trabalhava como cozinheiro no local.
Foi amor à primeira vista: o primeiro beijo aconteceu na fazenda. Não demorou muito para se apaixonarem e muito menos se casarem: surpreendentemente, um mês depois, juntaram as escovas de dente.
Anos depois, se mudaram para a Aldeia Limão Verde, em Aquidauana. Em seguida, vieram para Campo Grande, onde moraram no Piratininga e atualmente moram na Moreninhas III, com três filhos. Desde então, nunca mais se largaram e estão juntos até hoje.
Vivem em harmonia e são unidos, a ponto de um tirar a comida do prato para dar para o outro, mas, como todo casal, dão “choque” as vezes, principalmente quando um puxa a coberta na cama à noite.
São unidos até na escolha do cardápio do almoço: arroz, carne, feijão, salada e verdura. “Gostamos de comida forte, que sustenta”, ressaltou dona Lídia.
Eles ainda revelaram, à reportagem, qual é o segredo e a receita para manter um casamento duradouro: compreensão.
“O segredo é a compreensão, um entender o outro, entender o companheiro, eu entender ele e ele me entender. É por isso a gente está junto até hoje”, revelou. O respeito sempre foi a base do casamento do senhor e senhora Sacamota.
O hobby preferido do casal é dormir e assistir televisão juntinhos. Ambos não gostam de sair de casa, mas adoram receber visitas.
Nesses 76 anos de casados, a matriarca deixou uma declaração para o amado. “Eu quero dizer que eu amo ele e desejo muitos anos de casados para nós”, disse a snehora, emocionada.
O casal só passou a usar alianças aos 70 anos de casados, quando os filhos se reuniram para comprar os anéis aos pais.
A primeira e única festa para comemorar aniversário do casal ocorreu aos 70 anos, bodas de vinho, com direito a missa, churrasco e bolo para 100 pessoas. O próximo festão acontecerá nas bodas de Carvalho, quando completarem 80 anos de casados.
Filhos, netos, bisnetos e tataranetos estão espalhados pelo Brasil (Curitiba (PR), São Paulo (SP) e São José do Rio Preto (SP), Costa Rica (MS) e Campo Grande (MS)), mas, no fim do ano, todos se reúnem para comemorar as festividades com a matriarca e patriarca da família.
A filha, Adelaide Sacamoto, parabenizou os pais pelas bodas de Cipreste. “Que Deus abençoe e prolongue essa união que é tão linda, que hoje tá tão raro de se ver. Parabéns, felicidade para eles, que passem de 100 anos de casados. É um exemplo para todos nós”, disse.
Sr e Sra Sacamota: que nem a morte os separe.