Casa de bebê de 10 meses, que morreu nesta segunda-feira (14), era suja, insalubre e desorganizada, segundo a polícia. As autoridades investigam os pais, acusados de negligência.
Na residência moravam os pais do bebê, homem de 38 anos e uma mulher de 23 anos, e mais duas crianças, de 6 e 3 anos. Todos viviam em uma situação de extrema sujeira e insalubridades, relatou a Polícia Civil, que investiga o caso.
As autoridades descreveram o ambiente doméstico como sujo e desorganizado. Imagens feitas do interior do móvel demonstra a situação em que as crianças eram submetidas.
Panelas e louças sujas pela pia, roupas espalhadas pelo chão, sujeira em todos os cantos e colchões sujos que serviam como cama. A desorganização é encontrada em todos os cômodos.
A situação foi constatada durante os primeiros atos investigativos e exames periciais realizados pela polícia no local. As autoridades investigam uma possível negligência por parte do casal após o caso do bebê ser descoberta durante a madrugada desta segunda, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrê-la.
Após os primeiros atendimentos, a bebê foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, mas não resistiu e morreu na unidade de saúde. Conforme a polícia, o laudo preliminar do órgão oficial de perícia apontou que a causa da morte foi insuficiência respiratória decorrente de broncopneumonia.
O prontuário médico hospitalar da vítima também foi analisado e verificou-se que na última sexta-feira (11), a criança já havia apresentado dificuldades respiratórias e foi levada pelos pais a uma unidade de saúde. Após atendimento inicial e realização de exames na UPA Universitário, a criança foi colocada em observação, no entanto, os pais a retiraram do local sem autorização médica, mesmo diante da gravidade do quadro clínico.
Desde então, a menina não foi mais levada a nenhuma unidade de saúde e permaneceu em casa até esta segunda, quando já chegou desfalecida na unidade do Corpo de Bombeiros. O casal foi preso em flagrante após serem acusados de negligenciar atendimento para a bebê.
Eles foram detidos pela Polícia Militar e autuados por homicídio culposo pela Polícia Civil, na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Uma testemunha relatou à polícia que os pais seriam usuários de drogas e negligentes nos cuidados com os filhos.
Uma investigação sobre maus-tratos qualificado também foi aberta pela Polícia Civil. Apesar disto, na manhã desta terça-feira (15), o casal recebeu liberdade provisória durante audiência de custódia.
A decisão também dispensou o recolhimento de fiança que havia sido arbitrada pela autoridade policial no valor de R$ 5 mil. Eles também foram proibidos de se aproximarem ou manterem qualquer tipo de contato com os outros filhos, devendo permanecer distantes cerca de 300 metros.