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Carros elétricos viram tendência e ganham até app para monitorar pontos de recarga

Alta adesão impulsionará novos pontos de carregamento e melhoria de infraestrutura, diz especialista

Para os consumidores atentos às questões ambientais, aos custos baixos de manutenção e à menor emissão de ruídos, o carro elétrico tornou-se uma tendência de consumo. No entanto, a adesão ao automóvel também enfrenta desafios, como a autonomia das baterias e a disponibilidade de pontos de recarga. Em Campo Grande, há 26 locais de carregamento espalhados pelas sete regiões da Capital, segundo a plataforma Plug Share; porém, nem todos estão em funcionamento.

Dos 26 locais apresentados pela Plug Share, 15 estão em funcionamento. Dentre eles, 7 são gratuitos e 8 são privados, custando valores entre R$ 0,99 e R$ 4,00. Os pontos de carregamento estão espalhados em diversas regiões da cidade, como nos bairros Jardim Cidade, Santa Fé, Vila Bandeirante, Jardim Monumento, entre outros. Contudo, verificou-se que três endereços informados pela plataforma não existem na Capital.

Um dos eletropostos em funcionamento está localizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), no bairro Pioneiros. O ponto de carregamento existe desde 2023, e o serviço é gratuito. Já na região central, no Shopping Campo Grande, há três pontos de carregamento: dois em funcionamento e um desativado. Na rua 13 de Maio, no estacionamento da loja Multicoisas, também há um posto de carregamento gratuito. Ao todo, em Mato Grosso do Sul, há 123 eletropostos, segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).

Embora alguns pontos funcionem na Capital, motoristas relatam que encontrar eletropostos ocupados ou desativados não é incomum. No entanto, de acordo com o comunicador Paulo Cruz, especialista em veículos e proprietário de um carro elétrico, ter um carregador doméstico, entre outras alternativas, garante uma condução livre de imprevistos.

“Eu rodei um ano com esse carro elétrico e não gastei um centavo com combustível. Eu tenho na minha casa energia fotovoltaica, e ela abastece meu carro. Ou seja, eu viro um produtor de combustível e não um consumidor. E, para o consumidor que também não tem painel solar, você pode pagar pela energia ou instalar um Walbox, que é um carregador próprio que geralmente você ganha quando compra um carro elétrico, além do carregador portátil. Quando você carrega na sua casa pagando a energia, uma vez que você não tenha painel solar, mesmo assim você vai gastar mais ou menos um quarto do que gastaria se estivesse abastecendo com gasolina”, ressalta o especialista.

Paulo Cruz também destaca os baixos custos de manutenção dos veículos elétricos. Conforme o especialista, sem a necessidade de manutenção periódica imprescindível aos veículos tradicionais, ele gastou R$ 238,00 para garantir a ordem e a segurança do seu carro elétrico durante um ano.

Na loja Leo Filme’s, localizada na rua Salim Maluf, há outro ponto de abastecimento. Segundo o proprietário, Leosvaldo Alex Manso, ele foi instalado há três meses no estacionamento da loja. A ideia surgiu após Léo (como é conhecido) adquirir o seu primeiro carro elétrico. De acordo com o dono do estabelecimento, a economia é de R$ 1.500 por mês, quando comparado com a manutenção do carro tradicional.

“Às 6 horas da manhã já aparece gente para colocar o carro para carregar porque está sem bateria. Instalei desde quando eu comprei um carro elétrico faz três meses; em novembro, eu já havia colocado na minha casa e aproveitei e coloquei aqui também para quem quiser usar. Ele (o automóvel) é muito econômico. Desde que comprei, economizei R$ 1.500. Eu optei por ele para economizar mesmo,” afirma.

Investimento e acessibilidade

O carro elétrico funciona por meio de um motor elétrico alimentado por uma bateria recarregável. Diferentemente dos veículos a combustão, ele não utiliza combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, e, portanto, não emite gases poluentes durante o funcionamento. Além do benefício expressivo ao meio ambiente, a eletromobilidade vem se tornando uma preferência para os consumidores devido ao baixo custo. O consultor de veículos elétricos, Aleksandro Joaquim, afirma que, diante do aumento no consumo, o objetivo é expandir a demanda de carregamento em Campo Grande e facilitar o acesso ao carro elétrico.

“Hoje já temos carregadores em shoppings, mercados e alguns eletropostos em fase de finalização. A demanda vem crescendo em Campo Grande. Para quem pode ter o painel fotovoltaico em casa, acaba nem gastando com o carregamento. E quem ainda não tem acesso gasta, em média, no Dolphin Mini, por exemplo, que tem uma bateria pequena, cerca de R$ 45,00 para rodar uma média de 370 km com uma recarga”, explica Aleksandro.

Para o consultor, a tecnologia avançada é um dos principais atrativos para o consumidor campo-grandense, que busca comodidade, economia e uma condução mais sustentável e menos poluente. Aleksandro também destaca que a busca pela eletromobilidade na Capital cresceu em comparação com 2023, incentivando a instalação de pontos de carregamento além das capitais e em vias interestaduais.

“Desta forma, temos uma melhora ao meio ambiente, pois temos acesso à energia limpa, e isso gera um novo ciclo na economia e na saúde de nosso meio ambiente. A venda de 2023 para 2024 aumentou em Campo Grande 45%, e, desta forma, teremos incentivo de outras cidades para que instalem carregadores. Assim, os veículos poderão circular não apenas nos grandes centros urbanos, mas também realizar viagens, como já acontece em outras localidades do Brasil.”

Modelo de carros elétricos

Os preços dos carros elétricos no Brasil variam de acordo com o modelo e a marca. Os modelos mais baratos, em geral, custam a partir de R$ 100 mil. Os carros elétricos podem ser divididos em diferentes tipos. Os BEVs (Battery Electric Vehicles) são veículos totalmente elétricos, que dependem exclusivamente de baterias e não possuem motor a combustão. Exemplos desse tipo incluem o Tesla Model 3 e o Nissan Leaf. Já os HEVs (Hybrid Electric Vehicles) são híbridos que combinam um motor a combustão com um motor elétrico. A bateria desses veículos é carregada pelo motor a combustão ou pela frenagem regenerativa, sem necessidade de conexão a uma tomada, como no caso do Toyota Prius (híbrido convencional).

Os PHEVs (Plug-in Hybrid Electric Vehicles) também combinam motores elétricos e a combustão, mas suas baterias podem ser carregadas em uma tomada, o que permite que sejam usados em distâncias curtas apenas no modo elétrico. Um exemplo é o Mitsubishi Outlander PHEV. Outra categoria são os FCEVs (Fuel Cell Electric Vehicles), que utilizam hidrogênio como fonte de energia. Nesse caso, o hidrogênio reage em uma célula de combustível, gerando eletricidade para o motor elétrico, emitindo apenas vapor d’água; o Toyota Mirai é um exemplo. Por fim, os EREVs (Extended Range Electric Vehicles), como o BMW i3 REX, são semelhantes aos híbridos, mas o motor a combustão serve apenas para recarregar a bateria, sem ser usado diretamente para movimentar o veículo. Esses diferentes tipos atendem a necessidades específicas, levando em conta infraestrutura de carregamento, impacto ambiental e autonomia desejada.

Ana Cavalcante

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