A novela entre a Seleção Brasileira e o técnico Carlo Ancelotti ganhou mais um capítulo neste fim de semana. Após a derrota do Real Madrid para o Barcelona na final da Copa do Rei, o treinador decidiu deixar o clube merengue para assumir o comando da equipe brasileira.
Segundo o jornalista César Luis Merlo, restam apenas detalhes contratuais, como a duração do vínculo entre Ancelotti e a CBF. O treinador estaria disponível assim que a temporada europeia for encerrada, no meio de maio. O interesse da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em Ancelotti é antigo e, de acordo com o jornal The Athletic, representantes da entidade teriam viajado a Madri nesta semana com o objetivo de conversar com o técnico, após a eliminação do Real Madrid para o Arsenal nas quartas de final da Liga dos Campeões.
A expectativa é que o Real Madrid efetue a troca no comando técnico antes do Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho, nos Estados Unidos. Xabi Alonso, atualmente no Bayer Leverkusen, desponta como o principal nome cotado para substituir Ancelotti.
Caso a negociação se concretize, o italiano pode estrear pela Seleção já no dia 4 de junho, em partida contra o Equador. Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, apenas um ponto à frente da Colômbia, sexta colocada.
Segundo o jornal Estadão, a CBF está preparando uma proposta salarial de 5 milhões de reais para o técnico italiano. Dessa forma, ele se tornaria o treinador mais bem pago entre todas as seleções, superando Didier Deschamps (França) e Thomas Tuchel (Inglaterra), que recebem menos de 4 milhões.
A título de comparação, anteriormente a CBF pagava cerca de 1,5 milhão de reais ao técnico Dorival Júnior.
A Seleção Brasileira de Futebol vive, talvez, um dos piores momentos de sua história, completando 23 anos sem conquistar o título da Copa do Mundo. Além disso, neste ciclo, três treinadores passaram pelo comando técnico da Amarelinha: Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior.
Em 2023, antes da contratação de Fernando Diniz, Carlo Ancelotti chegou a ser dado como certo pela mídia e até internamente nos corredores da CBF. No entanto, o treinador italiano negou qualquer tipo de aproximação com a entidade brasileira, gerando grande constrangimento.