Quase duas semanas após sofrer um ataque transfóbico durante ato de campanha, a candidata a vereadora Léo Áquilla foi vítima de um atentado a tiros, em São Paulo, na noite de quinta-feira (26/9).
A notícia foi confirmada pelo perfil oficial da jornalista no Instagram, na madrugada desta sexta-feira (27/9), através de uma notal, que ainda deu mais detalhes sobre o caso.
Segundo informações da Uol, a candidata classificou o atentado como “Tentativa de homicídio”. “Comunicamos a todos apoiadores, amigos e familiares que Léo Áquilla foi vítima de uma tentativa de homicídio esta noite. Os projéteis atingiram seu carro, mas ela não foi atingida”, começou o texto.
Em seguida, a equipe da candidata a vereadora revelou como ela está: “Estamos tomando todas as medidas cabíveis. Léo está abalada no momento, mas assim que possível se pronunciará”, encerrou.
O que aconteceu?
Léo estava acompanhada por um assessor no momento do ataque. O UOL apurou a candidata estava dentro de seu carro quando foi abordada por um suspeito.
Suspeito estava em motocicleta e teria simulado uma colisão contra o veículo de Áquilla. Após a suposta batida, ela desceu do automóvel, momento em que o suspeito efetuou disparos e fugiu em seguida. Os projéteis atingiram o carro de Léo. Ela e o assessor não foram atingidos.
Áquilla disse que desceu do automóvel para prestar socorro ao homem por acreditar que tivesse ocorrido um acidente. “Passou uma moto por mim, do lado direito, bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Levei um susto e parei imediatamente no acostamento pra prestar socorro para o cara e saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro. Do nada ele chegou perto do meu carro e começou a acelerar, mas aquela aceleração ensurdecedora, um barulho muito alto, e junto vi o movimento de sacar uma arma. E quando eu me abaixei ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”, declarou em entrevista à TV Globo.
Em nota, a Secretaria de segurança pública do estado de São Paulo informou que a perícia foi acionada e o caso foi registrado como tentativa de homicídio no 73° Distrito Policial (Jaçanã). “A autoridade policial realiza diligências visando à identificação do autor, bem como o devido esclarecimento do caso”, diz a SSP.
Mulher trans, ela atribui os ataques a sua atuação em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+. “Eu tenho recebido muitas ameaças porque eu combato transfobia, eu combato lgbtfobia, eu defendo mesmo a comunidade, aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta e ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê, que realmente me matem como quase aconteceu hoje?”.
*Com UOL
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