Campo Grande tem uma das menores taxas de homicídios ocultos do País. É o que identificou uma pesquisa do Atlas da Violência, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados reunidos na publicação são coletados no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), dados de violência de notificação compulsória, do Ministério da Saúde. Eles sçai disponibilizados pela pasta e aferidos pelo Ipea, e no caso referentes a 2022, mas publicados agora.
Naquele ano, Campo Grande apareceu entre as capitais brasileiras com menor número de assassinatos ocultos, ou seja, mortes registrados pela polícia como “a esclarecer” ou outra categoria diferente do homicídio. Este registro é realizado quando a causa da morte é indeterminada e não pode ser dada como homicídio, pois não há informações suficientes que comprovem que houve de fato um assassinato.
Conforme levantamento, Campo Grande registrou 8 homicídios ocultos. São Paulo, a primeira no ranking, teve 1.418, já Florianópolis, a última, não relatou nenhum caso. Campo Grande aparece na 17ª posição entre as 27 capitais analisadas.
Quanto a casos de homicídios registrados, a cidade somou 170 registros em 2022 e aparece ainda mais abaixo no ranking, entre as sete capitais com menos assassinatos registrados. Este número coloca Campo Grande com uma taxa de 19,8 homicídios estimados a cada 100 mil habitantes.
A baixa taxa está relacionada a boa comunicação entre os órgãos de segurança pública. Um bom monitoramento e análise minuciosa dos casos registrados com vítimas fatais, garante que cada ocorrência seja registrada e investigada adequadamente, para evitar que casos de homicídio sejam erroneamente classificados.
Outro fator importante é o investimento da Prefeitura na segurança pública. Em 2024, a Guarda Civil Metropolitana realizou um concurso público após 11 anos de espera. Até o momento, mais de 370 candidatos já foram convocados.
A gestão também corrigiu o Plano de Cargos e Carreiras da Guarda Civil, promovendo mais de 900 servidores por meio de enquadramentos verticais, o que representa um avanço crucial para a categoria.