A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF), concluiu as investigações sobre o furto de 48 aparelhos celulares da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande e recuperou 26 dos dispositivos subtraídos. Os telefones, todos novos, haviam sido doados pela Receita Federal para auxiliar no trabalho das equipes de saúde do município. O caso ganhou destaque após a descoberta de que os aparelhos haviam desaparecido do estoque da SESAU sem qualquer registro.
Durante as investigações, os policiais descobriram que os celulares estavam sendo utilizados por pessoas que os adquiriram de boa-fé, acreditando que se tratava de aparelhos de origem estrangeira. Os compradores pagaram valores equivalentes aos praticados no mercado e receberam os dispositivos com caixa e carregador, mas sem nota fiscal. A falta do documento, no entanto, levantou suspeitas e ajudou a polícia a rastrear a origem dos aparelhos.
Um lojista foi identificado como o principal revendedor dos celulares furtados. Em depoimento, ele afirmou ter comprado os dispositivos de um homem, que, após investigações, foi revelado ser um servidor lotado na SESAU. O indivíduo, de 28 anos, foi indiciado pelo crime de peculato, que consiste no desvio de bens ou valores públicos por parte de um funcionário público.
Os 26 aparelhos recuperados foram devolvidos à SESAU e entregues ao responsável pelo setor de estoque. A polícia continua trabalhando para localizar os demais celulares desaparecidos e apurar se há outros envolvidos no caso.
A delegada responsável pelas investigações destacou a importância do trabalho da DERF para desvendar o caso e recuperar parte do patrimônio público. “Essa investigação foi fundamental não apenas para recuperar os bens furtados, mas também para identificar e responsabilizar o autor do desvio. O peculato é um crime grave, que prejudica diretamente o serviço público e a população”, afirmou.
A SESAU informou que vai reforçar os procedimentos de controle de estoque para evitar novos incidentes. A secretaria também agradeceu o empenho da Polícia Civil na resolução do caso e na recuperação dos aparelhos, que serão utilizados para auxiliar no atendimento à população.
O servidor indiciado responderá pelo crime de peculato e poderá enfrentar outras sanções administrativas, incluindo a possibilidade de demissão do cargo público. O caso segue sob investigação, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.