O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome formalizou a adesão de Campo Grande a programa nacional de insegurança alimentar. A autorização foi divulgada nesta quarta-feira (8), por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União).
A partir disso, juntamente a outros municípios do país, Campo Grande integra o Sisan (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), que objetiva formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional.
Além disso, busca-se, por meio deste programa, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional.
Em março deste ano, o Governo Federal havia listado as cidades com prioridade no país para implementar o projeto, com o nome de Campo Grande.
Segundo o Governo Federal, caracteriza-se como insegurança leve os casos em que “há incerteza quanto ao acesso a alimentos em um futuro próximo e/ou quando a qualidade da alimentação já está comprometida”.
No caso da moderada, há “quantidade insuficiente de alimentos”. Enquanto na grave, há “privação no consumo de alimentos e fome”.
Insegurança alimentar
Até março deste ano, estima-se que pelo menos 20.529 famílias e/ou indivíduos estariam em situação de insegurança alimentar em Campo Grande.
O número foi obtido junto à SAS (Secretaria de Assistência Social), que levantou esse dado com base na procura por Benefício Eventual para auxiliar em tal problema, no período que o compreende o ano de 2023 a março de 2024.
O Benefício Eventual consiste em um Política de Assistência Social, de caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública.
A ação atende a população campo-grandense conforme a demanda espontânea, ou seja, quando há busca ativa por algum benefício. Logo, a SAS não divulga números absolutos de pessoas em situação de insegurança alimentar, considerando não haver levantamento desse quantitativo.
Enquanto isso, no Estado, estima-se que, até 2022, pelo menos 65% da população enfrentava algum tipo de insegurança alimentar, que varia entre o nível leve e grave, mostram os dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.
No país, a situação é considerada alarmante pelo Inquérito. Até 2022, havia 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer.
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