Alerta vermelho para o lixo, cidade inicia força-tarefa para coibir descarte irregular
A Prefeitura de Campo Grande deu um basta ao problema do descarte irregular de lixo na cidade. Em uma ação inédita e rigorosa, a partir desta segunda-feira (11), a cidade iniciou uma força-tarefa com o objetivo de multar e prender quem for flagrado jogando lixo em locais inadequados. A medida, que visa combater um problema crônico que afeta a saúde pública e o meio ambiente, conta com a união de diversas secretarias e órgãos municipais.
A ação é liderada pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e envolve o Ministério Público, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Guarda Municipal e Decat.
Caso o ato seja visto por um auditor fiscal da Semadur, o autor será autuado de forma administrativa. A multa, nesse caso, varia de R$ 3.091,50 a R$12.366,00. Para conseguir cumprir com a proposta de diminuir o lixo nas vias públicas e terrenos particulares, a partir desta segunda a fiscalização será reforçada nos bairros.
Conforme a Sisep, a região do Anhanduizinho será a primeira a passar pela fiscalização. Conforme o titular da pasta, Marcelo Miglioli, todas as regiões receberam a visita de fiscais. A ação não tem data para acabar, segundo o secretário.
“O que estamos fazendo é uma união de esforços para poder fazer um pouco e fortalecer a fiscalização, porque a quantidade de descarte é anormal. Semana passada convocamos uma reunião com a Decat, pois está sendo insustentável. Temos custo muito alto, média de 60 a 80 caminhões por dia de lixo. O que gera custo elevado para o município. Estamos tendo esse problema na cidade inteira”.
A expectativa é de que o “ultimato” melhore o cenário que já se arrasta há anos nas regiões de Campo Grande. São entulhos, móveis usados, roupas, resíduos orgânicos e até animais mortos descartados em terrenos baldios ou nas calçadas. Os itens, em algumas situações, chegam a obstruir as vias.
“Espero que melhore, que as pessoas entendam que não pode ser dessa forma, que existe lei e legislação, formas de fazer o descarte e não é assim, pegar o lixo em casa e jogar no primeiro ponto que encontrar. Tem que ser feito de forma regular. Para ter noção, nos últimos 12 meses, nós fizemos limpeza na Ernesto Geisel 9 vezes na beira do córrego, não é normal”.
De acordo com Miglioli, o objetivo não é prender pessoas, mas conscientizar sobre o problema de saúde pública.
“Vamos trabalhar nessa linha, não tem tempo, se vai ser uma semana, 30 ou 60 dias. O objetivo não é prender ninguém, mas diminuir esse problema. Quem quiser fazer vai fazer sabendo que tem fiscalização. Dentro da reunião colocamos todos os agentes envolvidos, todos entendem que está na hora de dar um basta”.