A família de Joana d’Arc, de 74 anos, relatou o descaso com o corpo da idosa no SVO (Serviço de Verificação de Óbito) de Campo Grande após o seu falecimento, por conta de um infarto, no dia 2 de março. A instituição realiza as perícias em casos de mortes naturais.
Segundo um dos filhos da falecida, que preferiu não se identificar, o corpo foi recebido pelo SVO às 19h40 do dia 2 deste mês, e no dia seguinte, já apresentava sinais avançados de decomposição, o que indicava que o cadáver ficou fora da refrigeração durante a madrugada.
Conforme o homem, ao perceber que o corpo estava em decomposição precoce, foi informado pela funerária que o SVO provavelmente não teria colocado o corpo na geladeira, o que pode ter acelerado o processo de decomposição. “A funerária me falou que provavelmente não colocaram na geladeira”, afirmou.
Além disso, o filho revelou que o rosto de sua mãe, quando foi entregue à família, estava deformado. “Quando entreguei o corpo, o rosto dela estava normal. Mas, depois, o rosto estava todo deformado”, relatou.
Ele acredita que o corpo tenha sido deixado no saco plástico durante a noite, o que pode ter contribuído para o rápido processo de deterioração.
Além disso, devido ao estado avançado de decomposição, o caixão teve que ser lacrado pela funerária. “Minha revolta é com o SVO. Eles não têm respeito nem pela dor da família, nem pelos falecidos”, desabafou.
A reportagem procurou os responsáveis pelo SVO, mas não obteve resposta.