Mais uma vez, Campo Grande amanhece coberta de intensa fumaça de queimadas de várias regiões do Brasil e países vizinhos. Nesta quinta-feira (26) a qualidade do ar é considerada muito ruim.
O monitoramento do Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), aponta que o índice é de 153, valor alto de poluentes da atmosfera. Os dados analisam a entrada em funcionamento dos analisadores de material particulado. Quanto mais alto, menos qualidade do ar.
O material particulado é o principal poluente atmosférico utilizado como parâmetro para a análise e caracterização da qualidade do ar devido à frequência de ocorrência e aos prejuízos à saúde e ao meio ambiente que ele pode causar.
A análise das imagens de satélite do Zoom Earth mostram o corredor de fumaça da região da Amazônia, Mato Grosso e de países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai.
Uso de máscara
Com a qualidade do ar chegando ao seu pior patamar neste ano em Mato Grosso do Sul, o Jornal Midiamax conversou com um médico para saber se as máscaras faciais são a ferramenta ideal para proteção contra a inalação de fumaça e poluição.
Segundo o médico pneumologista Ronaldo Perches, “estamos vivendo um momento em que as condições climáticas, a qualidade do ar, está muito ruim. Tudo isso são fatores que agridem a saúde respiratória, as vias aéreas das pessoas.”
Ele explica que esses prejuízos à saúde são resultados de um conjunto de fatores, como tempo seco, baixa umidade do ar e, para gravar, a presença de fumaça e fuligem que tomaram conta do país.
“Não existe nenhuma relação de usar máscaras, atualmente, com o tempo da covid. Nenhuma relação. O que se sugere hoje é que aquelas pessoas que estiverem em cidades onde a fuligem for muito espessa, onde tiver poluição do ar, usem uma máscara N95 profissional para diminuir a aspiração de poluentes. Isso pode ajudar se tiver que sair de casa”, orienta o médico.
Ao voltar para a casa, o item deve ser retirado do rosto. “Isso é para diminuir a inalação de partículas nocivas para a saúde respiratória”, reforça o pneumologista.
No entanto, ele destaca que o uso de máscara nem é o ideal diante da atual realidade climática.