Uma iniciativa inédita da Secretaria Estadual da Juventude discute o problema da saúde mental nas aldeias da Reserva Indígena Federal de Dourados. Nesta segunda-feira (9) acontece o lançamento cartilhas e linguagem guarani, terena e kadiwéu. Técnicos fazem capacitação sobre o assunto para professores e realizam oficinas para crianças. A formação será feita na Escola Estadual (…)
Marcos Morandi –
Campanha atua na prevenção de casos problemas mentais entre jovens indígenas (Foto: Marcos Morandi)
Uma iniciativa inédita da Secretaria Estadual da Juventude discute o problema da saúde mental nas aldeias da Reserva Indígena Federal de Dourados. Nesta segunda-feira (9) acontece o lançamento cartilhas e linguagem guarani, terena e kadiwéu.
Técnicos fazem capacitação sobre o assunto para professores e realizam oficinas para crianças. A formação será feita na Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka – Marçal de Souza, na Aldeia Jaguapiru, como parte da Semana Estadual da Juventude.
O objetivo é desenvolver e implementar estratégias abrangentes de promoção, prevenção e atendimento em saúde mental para os jovens sul-mato-grossenses, com idades entre 15 e 29 anos.
A iniciativa visa mitigar os crescentes casos de suicídio, depressão, ansiedade e outros transtornos mentais, em resposta às lacunas identificadas nos recursos e informações disponíveis, bem como ao estigma social associado a essas condições.
Em Mato Grosso do Sul, ações pontuais já vêm ocorrendo desde o mês de julho, com o lançamento da consulta pública e irá percorrer diversas cidades.
Para o jovem indígena Heliton Oliveira Cavanha, do povo kaiowá, nascido em Caarapó e residente da comunidade Jaguapiru, em Dourados, ter uma cartilha traduzida para a língua materna é uma conquista.
“A gente tem debatido várias vezes com as lideranças o tema de saúde mental, porque a gente tem perdido muitos jovens por conta desse problema. É muito importante ações como essa acontecer dentro do território”, disse Cavanha,
Segundo ele, esse tipo ação geralmente sempre acontece na cidade, em outros locais, “mas na comunidade indígena, principalmente a juventude indígena, fica meio de lado”.