O caminhoneiro que atropelou e matou Guilherme da Cruz Silva e Cleiton Silva Gauna, de 18 e 19 anos, respectivamente, se apresentou na delegacia na tarde de sexta-feira (4). O idoso de 72 anos só tomou conhecimento da morte após notícias, pois acreditava que teria atropelado algum animal que cruzava a estrada vicinal.
Segundo o delegado titular da Polícia Civil de Terenos, Antenos Batista, o caminhoneiro se apresentou com o advogado, Márcio Sandin. No primeiro interrogatório, o idoso disse que estava no caminhão 3/4 Volkswagen, de cor amarela, e o filho seguia atrás em uma picape. O trecho é conhecido por ser estreito e com muita poeira, em seguida, o filho passou para frente do veículo.
“Ele alegou que a poeira estava levantando, o filho estava atrás. Essa estrada tem mato alto. Ele achou que fosse animal (atropelado). Ele parou uns 12 quilômetros para frente, onde tinha luz, pegou uma lanterna e procurou vestígios, mas não encontrou. Ele disse que não passou pela cabeça dele que eram os meninos”, disse.
Ainda conforme o delegado, os destroços da motocicleta onde a dupla estava foram encontrados próximo à Fazenda 44/Serra Dourada. Os jovens, moradores do Assentamento Santa Mônica, retornavam para suas casas.
O idoso foi ouvido e liberado, mas deve responder por omissão de socorro e duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O caminhão está na delegacia e será periciado.
Imagens de câmeras de segurança da região mostram que o condutor para na estrada e começa a procurar vestígios do acidente. O filho auxilia, mas não encontra nada.