Com a aproximação do fechamento do Agosto Lilás, mês de combate à violência contra as mulheres, a deputada Mara Caseiro (PSDB) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) para reforçar a necessidade do empenho de todos para a erradicação do feminicídio.
Segundo dados apresentados pela parlamentar, 20 mulheres já foram assassinadas no estado até o momento e mantém a maior taxa de feminicídios do Brasil. “A Secretaria de Segurança Pública registrou um caso de violência doméstica a cada meia hora no Estado. Além disso, houve aumento de 27,5% das denúncias feitas pelo disque 180. Cada caso de violência contra a mulher é uma falha de toda a sociedade em garantir seus direitos. Precisamos nos envolver, mostrar a importância de denunciar e promover a cultura da igualdade de gênero. Somente juntos podemos fazer a diferença”, disse a deputada.
Mara Caseiro ainda relatou que a Sejusp monitora 189 agressores no estado, com tornozeleiras eletrônicas, e 29 vítimas dispõem do botão do pânico. “Graças a esse trabalho, em oito anos, 10.800 agressores foram monitorados e 1.300 vítimas receberam o botão do pânico. Isso demonstra resultados, porque nenhuma dessas mulheres foram mortas. Então, temos que falar todos os dias sobre isso. Já que 80% das mulheres que morreram não denunciaram previamente. Se elas tivessem acesso às medidas protetivas não teriam perdido suas vidas”, ponderou.
O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) concordou. Ele é o autor da Lei Estadual 4.969/2016que instituiu o Agosto Lilás em Mato Grosso do Sul. “O Estado já avançou muito, mas não é a toa que a primeira Casa da Mulher Brasileira fora instalada aqui, fazendo jus ao alto índice, dessa violência que extrapola todos os crimes, perdendo suas vidas pelo fato de ser mulher. Essa é uma bandeira abraçada por todos os 24 deputados. O respeito tem que ser a tônica de todos os dias, não apenas no 8 de março”, considerou.
O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), relembrou da Campanha #todosporelas, lançada pelo Judiciário, em parceria com o Legislativo e Executivo, com a união de esforços para políticas públicas permanentes. “Fizemos um compromisso em nome da ALEMS pelo fim da violência. Quero contar que era comum em evento relacionado às mulheres, que elas tocassem, mas aí no lançamento dessa Campanha cheguei a conclusão que os homens precisam assumir, porque o grande índice de violência é realmente praticado pelos homens. Vamos todos participar da Campanha e unirmos, todos por elas”, concluiu. A Campanha fará uma caminhada no dia 31 de agosto, às 16h, no Parque das Nações Indígenas – saiba mais aqui.
ALEMS e Elas
A Comunicação Institucional da ALEMS criou a coleção “Cidadania é o bicho”, com livros infantis de educação aos direitos humanos que têm, como cenário, o Pantanal e os animais desse bioma como personagens.
Dois desses livros – “A descoberta da oncinha de laço apertado”, escrito por Ana Maria Assis de Oliveira, e “Iguana Calada”, de autoria de Glaucia Jandre – tratam sobre a violência contra a mulher. Para acessar esses e os demais livros da coleção, clique aqui.
Outro material desenvolvido pela Gerência de Site e Mídias Sociais – Comunicação Institucional da ALEMS é a página multimídia ALEMS e Elas, na qual estão reunidas leis, proposições, bem como a história de mulheres protagonistas na luta por direitos. Para acessar,
Serviço:
Veja onde procurar ajuda em caso de violência contra a mulher:
Denúncias e informações: ligue 180.
Patrulha Maria da Penha: ligue 153.
Casa da Mulher Brasileira: Rua Brasília, lote A, quadra 2 – Jardim Imá. Telefone: 2020-1300.
Centro Especializado de Atendimento à Mulher em situação de violência (Ceam): Rua Piratininga, 559 – Jardim dos Estados. Telefone: 0800-067-1236
Ministério Público: Atendimento pelo WhatsApp: (67) 9-9825-0096. O telefone da 72ª Promotoria de Justiça da Casa da Mulher Brasileira é 3318-3970.
Defensoria Pública: Atendimento por WhatsApp: (67) 9-9247-3968. Atendimento on-line: defensoria.ms.def.br. Núcleo de Defesa da Mulher: (67) 3313-4919.