Suspeitos presos integravam uma quadrilha especializada em ações com armas de grosso calibre e veículos blindados
Da Redação –
(Reprodução UOL)
CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) treinavam membros do PCC para ações aos moldes de “novo cangaço” ou “domínio de cidades”. Isso é o que mostra vídeo que faz parte de investigação da Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo.
O que aconteceu
Operação da PF e MP prendeu dois suspeitos de integrarem o grupo, que começou atuação no Piauí. A polícia prendeu Elaine Souza Garcia e Diogo Ernesto Nascimento Santos nesta terça-feira (10), pelos crimes de organização criminosa e lavagem de capitais.
Ainda segundo a investigação, eles integram uma quadrilha especializada em ações com armas de grosso calibre e veículos blindados, para enfrentar as forças de segurança, cercar rodovias e atacar instituições financeiras.
Nos vídeos, Elaine aparece em um dos treinamentos recebendo elogios. Com um fuzil e com o auxílio de uma mira telescópica, a suspeita dispara, acerta o alvo e recebe elogios em um estande de tiros a céu aberto, em uma área de mata.
Apesar da divulgação, a cidade e data do vídeo não foram informadas.
Esse treinamento foi feito com orientação de CAC. De acordo com a investigação, Otávio Magalhães, que possui registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), deu as orientações. A polícia prendeu o CAC em uma operação, em maio deste ano, por suspeita de fornecer treinamentos, armas e munições ao grupo.
Delvane Lacerda, o ‘Pantera’
Outro vídeo mostra o companheiro de Elaine atirando. O homem de calça jeans e boné que aparece no mesmo treinamento oferecido a Elaine com fuzil é Delvane Lacerda, o Pantera, também detido em maio deste ano por suspeita de integrar o grupo.
Como é possível ver nas imagens, Otávio o orienta para manusear o fuzil de maneira correta antes de disparar no alvo.
Ainda conforme a polícia, um dos criminosos mais procurados do país fornecia armas à quadrilha. Jakson Oliveira Santos, o Dako, foi preso em uma força-tarefa do MP e da PM em uma casa de luxo em Valinhos (SP), em fevereiro deste ano.
Ele estaria envolvido em ataques para invadir municípios, render as forças de segurança e roubar bancos e já foi condenado a 5 anos e 3 meses de prisão por associação para o tráfico.
Mortes ligadas ao grupo
Também conforme as investigações, a morte de irmão de Pantera desencadeou guerra do PCC no Piauí. O assassinato de Fleques Pereira Lacerda, morto em dezembro de 2023 em uma emboscada em um salão de beleza na cidade de Osasco (SC), desencadeou uma série de cinco mortes em fevereiro deste ano, retaliação ao crime. Fleques era apontado como o líder do grupo alvo da investigação da PF e do MP.
Além disso, Fleques era um foragido do sistema prisional piauiense desde 2018. Na época, ele escapou da prisão durante o trajeto de escolta para um hospital de Teresina, após alegar dores abdominais para sair da Casa de Custódia. Ele cumpria pena por assalto a banco.
Investigação ainda indica discussões sobre a herança do espólio com armas, munição, dinheiro e veículos. Em conversa com a companheira Elaine após a morte de Fleques, Pantera diz ter recebido uma tonelada de droga. Isso, segundo a polícia, amenizaria os problemas financeiros do grupo.
(Com informações do UOL)
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