Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), os peritos confirmaram a suspeita de que havia morfina no corpo do empresário Luiz Marcelo Ormond, encontrado morto em um apartamento no bairro do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, em 20 de maio. O corpo estava em avançado estado de decomposição. A namorada de Luiz, Júlia Andrade, uma das suspeitas do crime, se entregou nessa quarta-feira (5/6).
A Polícia Civil suspeita que o empresário morreu após ingerir um brigadeirão contendo 60 comprimidos de Dimorf triturados. A morfina é o componente principal do Dimorf.
O laudo do IML, obtido pelo Bom dia Rio, mostra a análise do “conteúdo estomacal” detectado “na amostra as seguintes substâncias: clonazepam; 7 aminoclonazepam; cafeína; morfina.
O exame mostra apenas que substâncias estavam presentes no corpo. Ainda não se sabe se a presença dessas substâncias matou o empresário. De acordo com a necrópsia realizada no corpo, os peritos chegaram a encontrar um “líquido achocolatado” no estômago de Luiz.
Prisões e depoimentos
Na segunda-feira (3/6), o funcionário de uma farmácia afirmou, em depoimento, que Júlia apresentou uma receita médica para comprar Dimorf, um medicamento à base de morfina. A Júlia e a cigana Suyany Breschak, outra suspeita do assassinato, seguem presas.
A polícia investiga se Suyany seria a mandante e arquiteta do plano para matar o empresário.
O ex-marido da cigana Orlando Neto também foi ouvido. O homem se apresenta como cigano e alega que Suyany teria tentado sequestrá-lo e ameaçado envenenar seus dois filhos.