O brigadeirão envenenado que matou o empresário Luiz Marcelo Ormond, no Rio de Janeiro, tinha morfina e clonazepam, segundo a perícia da polícia divulgada nesta quinta-feira (6).
A investigação apontou que a namorada dele colocou no doce cerca de 60 comprimidos diluídos do medicamento Dimorf, que tem como base a droga. Além de comprimidos de clonazepam, um calmante.
Abaixo, entenda o que são as substâncias e como elas agem no corpo.
Morfina
Descoberta a partir do ópio, que é a seiva da papoula, a morfina é o mais antigo opioide para tratar dor intensa.
A substância é liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da dor intensa. No protocolo do Ministério da Saúde, o medicamento só pode ser usado em casos em que o paciente não responde mais a outros medicamentos.
A droga é utilizada, principalmente, com pacientes paliativos para o tratamento de dores crônicas oncológicas, musculoesqueléticas e neuropáticas. Além disso, também pode ser usado para a sedação em casos de pacientes em estado crítico em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Isso acontece porque a morfina age no sistema nervoso central, se conectando a receptores cerebrais chamados Mu. Com isso, inibe a dor. Em doses maiores, ela causa a sedação.
A substância tem uso controlado e precisa do acompanhamento médico porque pode levar a problemas cardíacos e respiratórios quando em doses altas.
Clonazepam
O clonazepam pertence a uma família de remédios chamados benzodiazepínicos, que possuem como principais propriedades inibição de várias funções do sistema nervoso.
Com isso, ele é usado no tratamento de epilepsia, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, entre outros.
Em doses altas, ele pode causar a sedação, chegando a quadros de coma que podem levar à morte. Por isso, o uso é controlado.