Em Paris, os Jogos Olímpicos testemunharão a participação da delegação brasileira, estimada entre 260 e 270 atletas, marcando uma redução de pelo menos 10% em comparação aos 302 representantes em Tóquio.
Esta cifra, salvo eventualidade, permanecerá relativamente acima dos 259 atletas em Londres-2012, mas abaixo dos 277 de Pequim-2008. Assegura-se, em sua maior parte, a alocação de vagas em diversas modalidades, embora as convocações ainda estejam em curso.
No entanto, a participação da seleção masculina de basquete poderá alterar este panorama, embora esta seja uma perspectiva distante de favoritismo.
O quadro se torna mais nítido em várias modalidades, com a definição do número de vagas, embora as listas finais de convocados permaneçam abertas. Destaca-se o atletismo como uma área de maior fluidez, onde, dos 42 atletas potencialmente classificados, uma quantidade menor pode efetivamente se qualificar.
Com treze atletas já garantindo índices, as demais vagas serão preenchidas mediante o sistema de pontuação, derivada do desempenho dos competidores, combinando marca, posição final e prestígio do evento. O ranking, por sua vez, considera a média das cinco melhores performances de cada atleta.
Observa-se uma recente tendência de queda no desempenho dos atletas brasileiros nos eventos nos quais poderiam acumular pontuações significativas, como os Jogos Pan-Americanos, Sul-Americano Indoor e aberto, e Ibero-Americano. Atualmente, 25 atletas, além dos treze já qualificados, encontram-se na zona de classificação, com oito deles em risco de perder tal status. Sob o panorama atual, o Brasil estaria apto a incluir outros quatro atletas nos revezamentos.
Em poucas modalidades restantes, subsiste a possibilidade de o Brasil garantir novas classificações. No tênis, por exemplo, além dos sete atletas previstos, esforços serão direcionados para obtenção de vagas nas competições de duplas.
No judô, Natasha Ferreira figura como uma potencial classificada, enquanto no BMX Freestyle, Gustavo Balaloka mantém-se na disputa por uma vaga.
No que tange ao skate, apenas Rayssa Leal tem presença confirmada, embora 11 vagas estejam garantidas e seja provável que se alcance o contingente máximo de 12 atletas. O único risco matemático reside na ausência de um terceiro representante na categoria street masculino.
Basquete e rúgbi sevens emergem como os únicos esportes capazes de significativamente influenciar a composição da delegação. No caso do rúgbi sevens, a possibilidade de classificação do Brasil através do Pré-Olímpico é mínima, uma vez que a equipe sequer realiza treinos conjuntos, e a obtenção da vaga não figura entre as prioridades da CBRu.
Por sua vez, o basquete mantém suas esperanças vivas, visto que de 2 a 7 de julho, competirá no Pré-Olímpico na Letônia, onde o país anfitrião é considerado favorito absoluto à única vaga em disputa.