Declaração ocorreu em convenção do PSB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou estar “bonitão”, “apaixonado” e “motivado”, defendendo que se ele continuar assim, o espectro político que chama de “extrema direita” não voltará ao poder no país.
A fala ocorreu durante o encerramento do XVI Congresso Nacional do PSB (Partido Socialista Brasileiro), neste domingo (1°), evento no qual o prefeito do Recife, João Campos, foi empossado presidente da sigla.
Podem ter certeza de uma coisa: se eu estiver bonitão do jeito que estou, apaixonado do jeito que estou e motivado do jeito que estou, a extrema direita não volta a governar esse país – disse ele, segundo o Poder360.
Na ocasião, Lula ainda cobrou foco da esquerda na disputa pelo Senado, temendo uma “muvuca” e “avacalhe” com o Supremo Tribunal Federal (STF), caso a direita eleja a maioria dos representantes da Casa Legislativa.
– Precisamos eleger senadores da República em 2026. Se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles vão fazer uma muvuca nesse país.
No evento, Lula ainda abordou a intenção dos Estados Unidos de impor sanções contra o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. Na ocasião, o petista criticou o país norte-americano, dizendo que a nação se envolve em guerras com recorrência e “mata muita gente”.
– Olha a história dos Estados Unidos querendo negar alguma coisa e criticar a Justiça brasileira. Nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade e eu nunca critiquei. Eles fazem tanta guerra, matam tanta gente. Os Estados Unidos querem processar o Alexandre de Moraes porque ele está querendo prender um cara brasileiro que está lá nos Estados Unidos fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro – queixou-se, referindo-se ao jornalista Allan dos Santos.
Allan é considerado foragido no Brasil devido a falas tidas como ofensivas à Suprema Corte. O ministro Alexandre de Moraes pediu à empresa de tecnologia norte-americana dona da rede social Rumble que bloqueasse o perfil do jornalista na plataforma.
Em resposta, os EUA enviaram uma carta a Moraes, defendendo que, de acordo com o direito internacional consuetudinário, “um Estado não pode exercer jurisdição para executar ordens no território de outro Estado sem o consentimento deste”.
O país avalia aplicar sanções ao ministro por promover censura contra residentes e cidadãos estadunidenses, além de suas empresas de tecnologia.
Na última semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o governo Donald Trump decidiu restringir o visto de autoridades que praticam censura. Também antecipou, em sessão no Congresso dos EUA, que avalia a aplicação da Lei Magnitisky contra o magistrado.