Neste domingo (05), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul foi chamado para conter os focos de incêndio na região de Itaquiraí, no Assentamento Guaçu. A intervenção ocorreu próximo à BR-487, onde as chamas ameaçavam as plantações de milho e mandioca da comunidade, sendo controladas pelos bombeiros.
Os militares utilizaram abafadores, bombas costais, soprador e um kit pick-up com 600 litros de água para extinguir o fogo, trabalhando durante todo o dia para garantir a extinção dos focos.
Na sexta-feira (03), outra equipe enfrentou um incêndio principal em Naviraí, em uma área brejosa próxima ao Rio Amambaí. Mesmo com as dificuldades do terreno, os bombeiros, com apoio de fazendeiros locais, conseguiram apagar as chamas no sábado (04).
Essas ações fazem parte de um monitoramento constante realizado pelo Corpo de Bombeiros, que também enviou equipes para bases estratégicas próximas. O objetivo é conter, controlar e prevenir novos incêndios florestais.
Os bombeiros alertam a população para colaborar no combate aos incêndios, orientando sobre o descarte adequado de cigarros, evitando queimadas desnecessárias e comunicando imediatamente às autoridades ao avistar um incêndio florestal.
Em outras áreas afetadas, como na rodovia BR-487 em Naviraí, onde um incêndio durou cerca de três dias, foi instalada uma equipe 24 horas para monitorar a região. O Subtenente Camargo do 6° Subgrupamento de Bombeiros Militar Independente destacou que uma aeronave do corpo de bombeiros poderá ser enviada para dar suporte, se necessário.
A causa dos incêndios, muitas vezes, está relacionada aos raios secos, quando o raio atinge o solo sem chuva para apagar, iniciando o fogo, conforme explicou o Subtenente.
Desde dezembro de 2023, Mato Grosso do Sul enfrenta desafios com incêndios florestais e queimadas, principalmente devido ao fenômeno El Niño. Corumbá, por exemplo, já registrou 252 focos de incêndio, colocando o estado em 5° lugar no ranking nacional de incidência, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O governo do estado está levantando áreas prioritárias para realizar queima prescrita, uma prática controlada para conservação, pesquisa científica e manejo.