Na Agrishow, feira líder do agronegócio brasileiro realizada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, uma empresa destacou-se ao apresentar uma linha de drones para pulverização de defensivos agrícolas com o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os modelos, que variam em preço e capacidade, foram lançados na última segunda-feira (29) e têm gerado curiosidade e discussões sobre a associação de políticos a produtos comerciais.
Os drones, chamados de “Drones Bolsonaro”, são produzidos pela marca chinesa DJI e distribuídos pela BR Dron. O modelo básico, com capacidade para cobrir 12 hectares por hora, está disponível por R$ 96 mil. Já o modelo mais avançado, que custa R$ 197 mil, pode pulverizar até 21 hectares por hora, oferecendo mais funcionalidades.
O slogan da campanha, “O agro não para, voa!”, reflete o espírito inovador da empresa, que não se limita a drones. A BR Dron, através de um de seus sócios, Uugton Batista, também está envolvida no lançamento de uma linha de calçados com o nome de Bolsonaro, incluindo opções como o “Chinelo Crocs Bolsonaro Puro Mito” e o “Tênis Patriota Style”, voltados para o público do agronegócio e admiradores do ex-presidente.
A escolha do nome “Bolsonaro” para uma gama tão diversa de produtos—que inclui desde perfumes e cosméticos até vinhos e tábuas de churrasco—levanta questões sobre a comercialização de imagens políticas. Segundo Batista, amigo de Bolsonaro desde 2018, o ex-presidente foi informado sobre os lançamentos, mas negou ter recebido royalties pelo uso de seu nome.
Esta prática de nomear produtos com figuras políticas é parte de uma tendência mais ampla, que busca capitalizar sobre a popularidade ou notoriedade de personalidades públicas. O caso dos “Drones Bolsonaro” é apenas um exemplo de como a política e o comércio podem se entrelaçar de maneiras complexas e às vezes controversas.
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