A interrupção da MS-156, no trecho do Anel Viário de Dourados na tarde dessa quarta-feira teve duração de mais de quatro horas. O ato aconteceu em solidariedade aos indígenas de Douradina e também contra o Marco Temporal.
Em conversa com a reportagem do Jornal Midiamax, uma das lideranças do movimento disse que não estão descartados novos bloqueios na rodovia. O trecho que foi interditado fica no entorno da Reserva Indígena Federal, onde existem diversas retomadas (acampamentos).
“Vamos continuar em ‘vigília’ pelos parentes de Douradina e contra as articulações que envolvem o Marco Temporal”, disse a liderança, informando que as comunidades avaliam novas manifestações.
Na segunda-feira (5), ocorreu a 1ª câmara de conciliação do STF (Supremo Tribunal Federal). As discussões tentam chegar a um consenso entre os povos indígenas e os defensores do Marco Temporal.
Velório de indígena
Neste mesmo ponto aconteceu o velório do indígena Catalino Gomes Lopes, de 49 anos, atropelado por uma caminhonete Hilux na semana passada. O atropelamento causado pelo motorista de uma caminhonete Hilux gerou revolta. Após o acidente, indígenas cercaram a ambulância do Corpo de Bombeiros, exigindo que o condutor da Hilux fosse entregue.
Durante o velório, os manifestantes indígenas ficaram ao lado do caixão com o corpo da vítima, na rodovia. O protesto foi acompanhado de cartazes com os dizeres: “Chega de repressão e homicídio contra Guarani e Kaiowá”.