O banimento do X, antigo Twitter, no Brasil, ajudou a ressuscitar até o Tumblr, rede de blogs que atingiu seu auge no meio dos anos 2010 e que enfrentava decadência desde então. Segundo o site TechCrunch, o serviço teve aumento de 350% no número de usuários. Segundo a reportagem, desde o dia 31 de agosto, (…)
Agência Estado –
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O banimento do X, antigo Twitter, no Brasil, ajudou a ressuscitar até o Tumblr, rede de blogs que atingiu seu auge no meio dos anos 2010 e que enfrentava decadência desde então. Segundo o site TechCrunch, o serviço teve aumento de 350% no número de usuários.
Segundo a reportagem, desde o dia 31 de agosto, data em que o X foi suspenso no País, a plataforma obteve um crescimento de 222,99% nas comunidades e de 349,55% nos usuários. Esses números representam um aumento de 30% dos usuários ativos brasileiros.
Além disso, a plataforma também percebeu um crescimento de números de contas criadas e de comunidades, apesar de não ter divulgado esses números. Entre os participantes das comunidades, os usuários ativos no Brasil são cinco vezes maiores do que os de outros países.
Apesar dos números do Tumblr não serem tão expressivos quanto os do Bluesky – que passou de 6 milhões de usuários para a marca de 10 milhões – qualquer avanço pode ser significativo para a plataforma de blog que, atualmente, enfrenta dificuldades.
Em 2022, a Automatic, empresa dona do WordPress, comprou o Tumblr por apenas US$ 3 milhões. Em 2017, o Yahoo havia comprado a plataforma por US$ 1 bilhão. Desde então, a rede social de blogs perde cerca de US$ 30 milhões por ano, segundo o CEO Mat Mullenweg.
Recentemente, a Automatic recrutou cerca de 140 pessoas que trabalhavam no Tumblr para projetos da empresa. Além disso, disse que realocaria mais de 500 milhões de blogs do Tumblr para o WordPress para melhorias.
Relembre a suspensão do X no Brasil
No dia 31 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, a rede social foi suspensa por tempo indeterminado no País.
A suspensão veio após uma série de conflitos entre Moraes e Elon Musk, o dono da plataforma. No dia 17 de agosto, o bilionário fechou os escritórios no Brasil por não concordar com diversas exigências de Moraes, como ferramentas para o controle de fake news dentro do X, por exemplo.
Após o fechamento, o ministro exigiu que Musk indicasse um representante legal brasileiro para o X, caso contrário, a rede social seria suspensa no País.
Como o pedido de acordo não foi respondido por parte de Musk, no dia 30 de agosto, o X parou de funcionar no Brasil.
Além disso, o ministro bloqueou as contas da empresa de internet Starlink – também de Musk – como garantia de pagamento das multas à Justiça sofridas pelo X.
Depois de um bloqueio de cerca de R$18 milhões, as contas foram liberadas novamente. Apesar disso, o X seguiu suspenso, pois a liberação da plataforma exige outras medidas judiciais como um representante legal no País e ferramentas que denunciem e excluam perfis que atacam a democracia, por exemplo.
Recentemente, Musk tentou driblar o bloqueio do ministro e a rede social voltou a funcionar no Brasil, na última quarta-feira, 18, por poucas horas.
O STF afirmou que o acesso se devia a uma “instabilidade” no bloqueio e, horas depois, o acesso foi banido novamente.
*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani