O principal membro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, renunciou ao governo de emergência de Israel neste domingo (9).
“Deixar o governo é uma decisão complexa e dolorosa”, disse Gantz em uma declaração televisionada.
Sua renúncia é um golpe para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrenta pressão crescente para encerrar o conflito na Faixa de Gaza.
Gantz, que é visto como o principal rival político de Netanyahu, deveria renunciar no sábado (8), prazo que deu para deixar o governo se o premiê não apresentasse um novo plano para a guerra em Gaza e o futuro do território palestino.
Ele adiou uma entrevista coletiva quando surgiram relatos da operação israelense para resgatar quatro reféns no centro de Gaza.
A saída de Gantz ocorre em um momento de protestos diários em massa em Israel, com muitos manifestantes pedindo eleições imediatas e a libertação dos reféns, e alguns querendo o fim da permissão de mais ajuda humanitária em Gaza.
Netanyahu também enfrenta crescente pressão política doméstica da extrema direita do país, enquanto os EUA e alguns israelenses o pressionam a aceitar um acordo de cessar-fogo com o Hamas.
A ação Gantz não tira a maioria de Netanyahu na legislatura do país, porque Gantz não faz parte da coalizão governante, mas apresenta risco de aumentar o isolamento para o premiê pressionado no cenário internacional.