Criminoso identificado apenas como Michel, de 42 anos, morreu em um confronto com policiais da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos) na manhã desta sexta-feira (21), na região do Monte Castelo, em Campo Grande. Ele era o principal suspeito de ter cometido um assalto e rendido uma família em um apartamento na região central da cidade em dezembro do ano passado.
A especializada cumpriria o mandado de prisão, que havia sido expedido pelo poder judiciário, para realizar a captura do indivíduo, que cometeu o crime na capital sul-mato-grossense, chegou a se mudar para Mirandópolis, no interior de São Paulo, e retornou recentemente para Campo Grande.
Os policiais civis foram injustamente agredidos pelo autor, que apontou uma arma de fogo na tentativa de se furtar à ação policial, sendo necessário repelir a injusta agressão com os meios disponíveis para fazer cessar o perigo. Michel foi alvejado, mas socorrido até a Santa Casa, contudo, não resistiu e foi a óbito. Na residência, estavam duas armas – uma ele usou para atirar nos policiais, tabletes de maconha e itens que haviam sido levados do apartamento da família vítima de assalto.
Detalhes do crime e de toda a investigação foram repassados pelo delegado Edgar Punsky, da Derf. Ele contou que o criminoso agiu sozinho no dia 2 de dezembro do ano passado, entrando no apartamento da família, após se aproveitar da reforma que acontecia na portaria do prédio, que fica na Avenida Afonso Pena com 13 de Junho.
O bandido rendeu toda a família presente, amarrando-os, inclusive uma criança de 11 anos, enquanto exigia dinheiro, joias e armas. Após torturar psicologicamente a família por algumas horas, ele conseguiu roubar quantia de dinheiro em moedas estrangeiras, joias e quatro armas de fogo – o proprietário do apartamento era CAC. O prejuízo estimado para a família ficou em mais de R$ 500 mil.
A DERF passou a investigar o violento crime, obtendo êxito em identificar o veículo utilizado pelo criminoso e demais elementos que permitiram identificar que havia fugido para o interior de São Paulo, a fim de dificultar a ação policial. A investigação apontou que, na cidade que buscou refúgio, comprou bens com o proveito do crime e pretendia negociar maneiras de trocar as somas em cédulas estrangeiras e vender as armas roubadas.
As investigações continuaram e restou demonstrado que ele teria regressado para Campo Grande, com intuito de se estabelecer, com provável intenção de praticar novos crimes, vez que não possuía qualquer vínculo a cidade, a não ser o crime praticado anteriormente. Ele já tinha um histórico grande de ocorrências policiais, tendo iniciado sua trajetória no mundo do crime em 2003.
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