Um grave acidente aéreo abalou a Índia na quinta-feira (12). Um avião da companhia Air India, com 242 pessoas a bordo, caiu segundos após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste do país. A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner, tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido.
Segundo informações das autoridades locais, apenas uma pessoa sobreviveu ao desastre, o que foi uma surpresa para o chefe da polícia de Ahmedabad que afirmou à agência Associated Press que “aparentemente, não há sobreviventes”. Ao todo, 294 corpos foram recuperados até o momento, número que inclui tanto passageiros quanto moradores da região atingida pelo impacto.
O voo levava 232 passageiros e 10 tripulantes. Entre os passageiros estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Um ex-ministro da região de Gujarat também estava entre os ocupantes da aeronave.
É sobrou
A tragédia ocorreu poucos instantes após a decolagem. O piloto chegou a emitir um sinal de emergência — usando o código “Mayday” — mas mencionou a palavra apenas uma vez. Especialistas afirmam que a comunicação pode ter sido interrompida antes que o aviso completo fosse transmitido.
A aeronave caiu sobre uma área residencial nos arredores do aeroporto. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o avião sobrevoando casas antes de desaparecer da tela. Segundos depois, uma enorme bola de fogo e uma coluna de fumaça escura surgem ao fundo.
Equipes de resgate foram mobilizadas imediatamente. Sete caminhões dos bombeiros e diversas ambulâncias atuaram no local para conter o fogo e buscar sobreviventes. A cena era de destruição: destroços em chamas, ruas cobertas por cinzas e moradores feridos sendo socorridos em macas.
Todas as operações no aeroporto de Ahmedabad foram suspensas. A Air India afirmou que os feridos foram levados a hospitais da região. A causa do acidente ainda não foi determinada. Técnicos da aviação civil isolaram a área do impacto e iniciaram uma investigação para apurar o que provocou a queda.
Identificação
O governo indiano confirmou que a identificação das vítimas será feita exclusivamente por exames de DNA, devido ao estado dos corpos após o impacto e o incêndio subsequente. O ministro do Interior da Índia, Amit Shah, afirmou que mais de mil coletas de material genético já estão em andamento para tentar identificar os mortos.
Shah visitou o local do acidente e declarou que a temperatura extrema dentro da aeronave foi a principal causa das mortes. Segundo ele, as vítimas morreram em razão das altas temperaturas geradas pelo fogo logo após o choque com o solo.
Este é o acidente aéreo mais grave na Índia desde 2020, quando um Boeing 737 da Air India Express caiu na cidade de Kozhikode, matando 21 pessoas. Agora, com mais de 290 mortos, a tragédia de quinta-feira representa um dos episódios mais letais da história recente da aviação no país.
O clima na região é de luto. O governo declarou que apoiará as famílias das vítimas e prometeu transparência nas investigações. Enquanto isso, o aeroporto de Ahmedabad segue fechado, e voos com destino à cidade estão sendo redirecionados para outros terminais.
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