Avenida onde o militar Herike Cerqueira, 21 anos, morreu é palco frequente para acidentes, reclamou a vice-presidente do bairro Nova Campo Grande, Fábia Brites. Segundo ela, a situação no trecho é crítica desde que a Avenida Wilson Paes de Barros foi inaugurada, mas nada é feito.
“A Associação de moradores está incansavelmente pedindo redutores de velocidade desde que essa via foi liberada. Já tivemos com o presidente da Agetran porque, só neste ano, já é o quarto acidente com vítimas fatais”, lamenta.
Moradores reclamam que a avenida, apesar de movimentada, não possui lombadas ou sinalização eficiente. Fábia comentou que já pediram várias vezes à prefeitura, por meio de diversos ofícios, que um redutor de velocidade seja colocado na região, mas ninguém fez nada.
“Ano passado tivemos uma família inteira que morreu em um acidente com caminhonete, ou seja, são muitas famílias que são dilaceradas. O certo aqui era a avenida ter sido duplicada e nos cruzamentos com outras avenidas ter feito rotatórias, mas aqui no mínimo, agora, tem que ser colocado redutores de velocidade. O trânsito aqui é infernal. Nós estamos implorando para que o poder público tome providências e coloque os redutores de velocidade”, finaliza.
Ela esteve presente, na manhã desta quinta-feira (5), na cena do acidente fatal que terminou na morte do motociclista Herike Cerqueira. Ele morreu ao bater em um carro durante uma tentativa de ultrapassagem.
Segundo informações apuradas no local, Herike seguia no mesmo sentido do carro e tentou ultrapassá-lo pela esquerda, batendo na lateral do veículo. O motorista fazia uma conversão à esquerda para acessar a Rua 4.
Com o impacto, ele caiu na pista e morreu no local, apesar da tentativa de socorro realizada pelo Corpo de Bombeiros. Informações preliminares indicam que o jovem seria militar.
Enquanto a polícia e socorristas atendiam ao acidente entre carro e moto, o trabalhador rural Francisco Orlando Escoliante Júnior, 36 anos, apareceu ao local e relatou que foi atropelado no mesmo trecho há uma semana. A tipoia no braço esquerdo, ainda deixa claro marcas do acidente recente.
Francisco conta que seguia de bicicleta pela ciclovia da Avenida Wilson Paes de Barros quando, ao tentar atravessá-la para acessar a Rua 4, acabou atingido por um carro. Ele também reclama da alta velocidade dos veículos que trafegam pela região, que também teria sido o caso do carro que o atingiu.