Gideão Correa Dias, de 41 anos, foi preso em flagrante na tarde de segunda-feira (15) após disparar 12 tiros contra a moto de um pedreiro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O incidente ocorreu após uma discussão sobre o atraso na conclusão da obra de reforma na casa do músico, localizada no bairro Jardim Bonança. Segundo a polícia, a obra, inicialmente prevista para três meses, já se estendia por oito meses, o que levou à altercação.
A origem do conflito
Gideão contratou o pedreiro em outubro do ano passado para realizar uma ampliação, reparos hidráulicos e pintura em sua casa, pelo valor acordado de R$ 21 mil, com prazo de três meses. No entanto, até o momento do incidente, o músico já havia desembolsado R$ 24 mil, e a obra não estava finalizada.
De acordo com o relato do pedreiro à polícia, na tarde de segunda-feira (15), Gideão estava insatisfeito com a lentidão da reforma, o que deu início a uma discussão. O pedreiro afirmou que o músico pediu seu dinheiro de volta e, em seguida, atirou 12 vezes contra sua motocicleta, acertando 10 tiros e errando dois. Assustado, o pedreiro correu e acionou a Polícia Militar.
Versão do músico
Gideão afirmou aos policiais que o pedreiro o ameaçou com uma enxada e um martelo durante a discussão sobre os prazos da obra. O músico alegou ter se trancado em um quarto onde guardava uma pistola 9 mm. para se defender. Ele afirmou ter atirado contra a moto apenas para intimidar o pedreiro, que estava na calçada, e nunca teve a intenção de feri-lo.
Gideão, que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), apresentou toda a documentação legal das armas que possui, incluindo a pistola utilizada no incidente. Em sua casa, foram encontradas outras três armas, todas legalizadas e guardadas em um cofre.
Após os disparos, Gideão foi preso em flagrante pelos crimes de disparo de arma de fogo e ameaça. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol, onde deve aguardar a audiência de custódia.
Em nota, a família de Gideão afirmou que o pedreiro arrastava a obra por mais tempo do que havia prometido e solicitou mais dinheiro, mesmo já tendo recebido 90% do valor total. A nota destaca que Gideão, réu primário e de conduta ilibada, responderá por seus atos.
A perícia técnica recolheu 12 cápsulas de calibre 9 mm. no local. O pedreiro não sofreu ferimentos, e o caso segue sob investigação.
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