O caso da agressão de um treinador de handebol na cidade mineira de Pompéu ganhou as redes nesta quinta-feira (9), com a divulgação de um vídeo que mostra o treinador de handebol Francisco Júnior Corrêa Mota agredindo um atleta dentro do alojamento.
O vídeo mostra o treinador empurrando e dando um tapa no rosto do atleta. Com isso, o treinador foi suspenso preventivamente pela FMH (Federação Mineira de Handebol). Antes disso, porém, ele já havia sido denunciado 130 outras vezes por agressão e respondia a um Procedimento Disciplinar Administrativo.
Segundo a FHMS (Federação de Handebol de Mato Grosso do Sul), a vítima no vídeo seria um adolescente de 16 anos, atleta sul-mato-grossense nascido na cidade de Chapadão do Sul, distante 330 quilômetros de Campo Grande.
Em nota, a FHMS repudiou os atos cometidos contra o atleta, que teria sido convocado no último ano para defender a equipe do AESGE (Associação Esportiva Gustavo Elias).
“Esse tipo de comportamento é inaceitável no meio esportista e não será tolerado de maneira nenhuma. De antemão, fica nossa solidariedade e empatia aos atletas que cumprem o seu papel de maneira adequada dentro do esporte”, diz a nota.
Agressor reincidente
Francisco, técnico da AESGE que participa do Campeonato Mineiro de base de Handebol, está sob investigação policial, porém não foi preso.
Quando a Polícia Militar chegou ao local da agressão, o adolescente agredido já havia partido, e outros 13 foram encontrados no alojamento, alguns relatando terem sido vítimas de agressão física, importunação sexual e assédio por parte do treinador.
Os adolescentes foram levados para um abrigo em Pompéu, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar, enquanto a PM destacou que o suspeito pode enfrentar acusações por importunação e agressão.
O Conselho Tutelar providenciou a retirada dos jovens do alojamento e o retorno às suas cidades com o auxílio da Secretaria de Desenvolvimento Social.
Além disso, solicitou-se assistência psicológica especializada para os jovens e investigações sobre a autorização para a Associação funcionar, com o envio de informações ao Ministério Público. O caso será tratado em sigilo.
Não é a primeira vez que Francisco Júnior Corrêa Mota se envolve em polêmicas. No ano anterior, ele foi indiciado pela Polícia Civil por injúria racial, após insultar um estudante durante os JEMG (Jogos Escolares de Minas Gerais).