O ano de 2024 foi traumatizante para algumas pessoas que foram alvo de abelhas.
O ano que se encerra foi marcado por uma série de incidentes envolvendo ataques de abelhas em Mato Grosso do Sul, com casos que geraram grande comoção, principalmente a situação de uma criança de 6 anos que foi picada 1.100 vezes.
No dia 1º de dezembro, a criança foi atacada por um enxame de abelhas enquanto estava em uma chácara em Sidrolândia – a 68 km de Campo Grande, acompanhada do padrasto.
O menino sofreu mais de 1.100 picadas e, devido ao estado grave de saúde, foi imediatamente encaminhada ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
A vítima ficou em coma induzido, foi submetida a ventilação mecânica e até sessões de hemodiálise. Mas após tratamento médico intensivo, a criança acordou no dia 11 de dezembro.
O caso recebeu atenção de especialistas de centros de intoxicação de todo o Brasil, que colaboraram no tratamento.
Fatalidades
Infelizmente, nem todas as vítimas tiveram a mesma “sorte”. Em 21 de dezembro, o produtor rural Ednei Cláudio de Oliveira, de 48 anos, não resistiu a um ataque de abelhas enquanto trabalhava em uma fazenda em Camapuã – a 135 km de Campo Grande.
Ednei foi surpreendido por um enxame enquanto operava um trator, e, apesar de ter sido socorrido, faleceu devido ao número de picadas e ao histórico de alergia.
Poucos dias depois, em 26 de dezembro, outro pecuarista de Camapuã, Ricardo Arantes Junior, de 49 anos, foi atacado enquanto trabalhava. Ricardo, que também era alérgico a picadas de abelha, não sobreviveu ao ataque.
Outros casos
Além das mortes, outros ataques graves de abelhas ocorreram durante o ano, afetando tanto adultos quanto crianças em diferentes cidades de Mato Grosso do Sul. Em 4 de dezembro, um homem de 64 anos foi atacado enquanto trabalhava em uma propriedade rural em Aquidauana – a 148 km de Campo Grande.
Ele foi socorrido pelos bombeiros e levado ao hospital com sintomas graves, mas se recuperou após cuidados médicos.
Em 16 de dezembro, um tratorista de 59 anos foi vítima de um ataque enquanto operava a máquina em Maracaju – a 164 km da Capital.
O homem foi encontrado inconsciente após o ataque e foi atendido pelo Corpo de Bombeiros. Ele sobreviveu.
Em Dourados – a 221 km da Capital, moradores do bairro Bosque Flor de Maio enfrentaram um ataque de abelhas após a queda de uma árvore, mas não houve feridos graves.
Além disso, em Ponta Porã – a 334 km de Campo Grande, um homem de 61 anos foi atacado após sofrer um acidente de carro e ser encontrado inconsciente em uma área rural. Ele foi resgatado e levado ao hospital, mas seu estado de saúde não foi divulgado.
Perigo crescente
Especialistas enfatizam que áreas rurais, especialmente as com criação de abelhas e árvores em proximidade de vias e residências, devem ser monitoradas para prevenir incidentes como esses.
Além disso, a educação sobre os riscos de picadas e a necessidade de agir rapidamente em caso de alergias é fundamental para evitar novas tragédias.
