Cultuado ator francês que estrelou uma série de clássicos nos anos 1960 e 1970, Alain Delon morreu aos 88 anos. A notícia foi confirmada neste domingo (18) pela família.
“Alain Fabien, Anouchka, Anthony e (seu cão) Loubo lamentam profundamente o falecimento de seu pai. Ele morreu tranquilamente em sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. A família pede que respeitem sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso”, dizia a nota enviada pelos filhos do ator à imprensa francesa.
Delon participou de mais de 90 produções cinematográficas, com cineastas como Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti, René Clément e Jacques Deray.
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou a morte do ator, afirmando em postagem no X que Delon “encarnou papéis lendários e fez o mundo sonhar”. “Melancólico, popular, secreto, foi mais que uma estrela: um monumento francês.”
De aprendiz de açougueiro a astro de cinema
Alain Fabien Maurice Marcel Delon nasceu em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, Hauts-de-Seine, nos arredores de Paris.
Após ser expulso de várias escolas, ele começou a trabalhar aos 14 anos como aprendiz de açougueiro, ao lado do pai. Em 1953, ele se alistou como fuzileiro naval na Marinha francesa e chegou a participar de combates na guerra colonial no Vietnã, mas acabou sendo dispensado em 1956.
Após uma série de trabalhos temporários, Delon iniciou a carreira de ator em 1957 com uma pequena participação no filme Uma tal condessa, de Yves Allégret.
Ele acabaria se tornando um dos maiores astros do cinema europeu entre as décadas de 1960 e 1970, estrelando clássicos como O sol por testemunha (1959), Rocco e seus irmãos (1960), O leopardo (1963), O samurai (1967), A piscina (1969) e Cidadão Klein (1976).
FONTE: TOPMIDIANEWS