Assustador: em fevereiro, 1 mulher foi morta a cada 5 dias em Mato Grosso do Sul

O que janeiro trouxe de tranquilidade em relação aos crimes de feminicídio em Mato Grosso do Sul, fevereiro teve um desempenho assustador, com um caso registrado a cada 5 dias praticamente, levando em consideração que o mês neste ano terminará com 28 dias.

Mas, trazendo um recorde para as datas dos crimes registrados, o tempo é ainda menor: uma mulher perdeu a vida a cada 4 dias, já que os feminicídios começaram no dia 4 de fevereiro e cessaram no dia 24.

E toda essa situação acontece justamente um mês antes do mês que é dedicado a todas as mulheres.

As tragédias começaram em Caarapó, quando Karina Corim foi baleada pelo ex-companheiro Renan Dantas, que acabou também tirando a própria vida, após cometer o feminicídio da ex-companheira. Ela foi atingida pelos tiros no dia 1°, mas faleceu no dia 4.

O segundo registro foi da jornalista Vanessa Ricarte, que foi atingida por pelo menos três facadas do ex-noivo Caio César Nascimento, que foi preso em flagrante e está preso preventivamente pelo crime. Ela faleceu horas depois do crime, no dia 12 de fevereiro.

Cinco dias depois, no dia 18, foi a vez da indígena Juliana Domingues ser assassinada com golpes de facão em Dourados, ocasionados pelo marido Wilson Garcia, que tentou fugir para Caarapó, mas foi preso pela Polícia Civil em uma força tarefa.

E não parou por aí. A empresária Mirielli Santos foi morta a tiros pelo ex-companheiro Fausto Junior Aparecido de Oliveira em Água Clara. O caso aconteceu no dia 22 de fevereiro, quando ela esteve na casa do acusado e após uma discussão, disparos foram direcionados contra ela. Ele ficou foragido por vários dias, mas foi preso na terça-feira (25).

Na segunda-feira (24), foi a vez da idosa Emiliana Mendes, de 65 anos, ser a vítima de feminicídio pelo seu companheiro, que não teve o nome divulgado, mas tem 37 anos. Ele esganou a idosa, além de arrastar o corpo da mulher pelas ruas de Juti.