Depois de matar a esposa, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos e a filha Sophie Eugênia Borges, de 10 meses, João Augusto Borges, de 21 anos, tentou dissimular papel de pai amoroso e compromissado com a família, mobilizando todos à procura, fingindo um suposto desaparecimento, depois de ter matado as duas, em Campo Grande.
O assassino informou aos amigos e conhecidos que Vanessa teria saído com a filha para encontrar um amigo e não havia retornado. Ele ainda compartilhou imagens de “procura-se” nas redes sociais e incentivou a família a fazer o mesmo.
Familiares chegaram a distribuir em grupos de WhatsApp, fotos de Vanessa e Sophie pedindo ajuda para encontrá-las, sem saber que ambas já estavam mortas.
João foi preso justamente a caminho da delegacia, onde pretendia registrar oficialmente um boletim de ocorrência do suposto sumiço da esposa e da filha. Investigações da polícia já tinham fortes indícios do envolvimento dele, inclusive após a descoberta dos corpos carbonizados.
Conforme informado pelo delegado Rodolfo Daltro, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), João já planejava o crime há pelo menos dois meses.
A informação foi repassada por uma testemunha que conversou com a polícia e mostrou que o plano vinha sendo arquitetado há meses, ou seja, premeditado. Porém, as ideias apresentadas pelo assassino eram tão cruéis, que a testemunha “não botava fé” que ele poderia cometer o crime.
“A pessoa chegou a perguntar assim, ‘você vai matar sua própria filha?. Sim, melhor que tudo é não ter que pagar pensão'”, disse Daltro em entrevista coletiva.
A testemunha ainda frisou no depoimento que João pretendia, inicialmente, esfaqueá-las, mas mudou de ideia durante os últimos dias e foi para o ato de esganadura e enforcamento.
Essa testemunha, inclusive, apresentou uma mensagem para os policiais, onde dizia que João pretendia queimar logo os corpos, pois eles teriam começado a exalar mau cheiro.
