Fabiano Garcia Sanches, preso na sexta-feira (24) pelo assassinato de Amalha Cristina Mariano Garcia, de 38 anos, disse que teria empurrado a corretora e a matou ‘sem querer’ após se negar a ter um caso com ela. Segundo coletiva de imprensa desta segunda-feira (27), as investigações ainda apontaram que não foi tentado nenhum golpe do seguro, como apontado inicialmente.
Infiel, Fabiano alegou à polícia que conheceu a corretora quando pretendia comprar um imóvel para a mãe. Depois disso, ambos passaram a se encontrar com frequência. No entanto, Amalha não sabia que ele era casado.
A delegada Analu Lacerda, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), detalhou que Fabiano ainda disse que trabalhou ‘normalmente’ após o crime. “Ele falou em continuar a vida”, relatou a delegada, revelando o descaso com a vítima em depoimento.
Relacionamento e empréstimo
O corpo de Amalha foi encontrado às margens da MS-455, na região do bairro Jardim Los Angeles, nas proximidades do Porto Seco, em Campo Grande. De acordo com o relato de Fabiano, a morte da corretora aconteceu quando ela foi até a casa dele achando que teria algum tipo de relacionamento. No entanto, ele só queria pedir R$ 900 emprestados.
Fabiano revelou que no ano passado Amalha havia emprestado a ele R$ 700 sem cobrar juros, e que no dia da morte a intenção era de pedir mais dinheiro. Ao chegar lá e descobrir que Fabiano era casado, os dois passaram a discutir e ele acabou empurrando a corretora, que bateu a cabeça na quina de um vaso.
Ela começou a sangrar muito e Fabiano teria se desesperado para se livrar do corpo, já que seu filho chegaria em casa. Ele ainda teria que buscar a esposa, que retornava de uma viagem, na rodoviária. Logo após o crime, ele continuou trabalhando normalmente e ainda tentou negociar o carro na parte da tarde. Porém, sem sucesso.
Fabiano ainda teria usado o Jeep de Amalha para buscar a esposa, deixando marcas de digitais no veículo. Por isso, ela acabou presa e liberada em seguida. Ele falou também que foi carregar o caminhão para fazer alguma entrega perto de onde o Jeep foi encontrado. Assim, pediu a um conhecido para deixar o veículo próximo à saída de Sidrolândia. Em seguida, deixou o caminhão, foi andando e ele mesmo pegou o veículo e deixou onde foi encontrado.
Fabiano levou o corpo da corretora para o local onde foi encontrado e voltou só com o carro dela. Segundo a polícia, o homem ainda lavou a calçada do imóvel onde o carro ficou estacionado. Um outro homem foi preso nesta segunda-feira (27) por tentar negociar o Jeep da corretora para Fabiano.
De acordo com a delegada Analu, o pedido de liberdade das duas mulheres já foi expedido, já que ficou comprovado que elas não teriam envolvimento na morte de Amalha.