Exatas 24 horas depois de a enxurrada invadir e danificar a BR-163, na altura do quilômetro 500, dezenas de operários e técnicos começaram a trabalhar na recuperação da pista. O tráfego segue no sistema pare e siga, mas no local do incidente surgiu uma uma grande cratera, que engoliu parte da pista.
Conforme estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fila de veículos no começo da manhã chegava a oito quilômetros de um lado da cratera e cerca de seis quilômetros do outro lado, provocando atraso superior a uma hora na viagem dos usuários da principal rodovia do Estado.
Mas, apesar do surgimento da cratera na pista, técnicos da CCR MSVia entendem que a passagem pelo local continua sendo segura. O trecho que solapou já estava parcialmente oco por baixo do asfalto e seria retirado pelos maquinistas para possibilitar a recomposição da pista.
Para motoristas que tem como destino a região norte do Estado, acima uma das opções é pegar a MS-040, passando por Rochedo, Corguinho, Rio Negro e depois retornar à BR-163, em São Gabriel do Oeste.
O percurso aumenta em cerca de 80 quilômetros e é completamente asfaltado. Para percorrer esse trecho a mais gasta-se menos tempo que aquilo que é necessário esperar no pare e siga no local que a pista está danificada, entre Campo Grande.
A rodovia foi danificada no começo da manhã desta terça-feira (20) pela enxurrada proveniente do rompimento do dique de um lago artificial no condomínio de luxo Nasa Park, que fica a cerda de oito quilômetros da pista.
O lago tinha em torno de 20 hectares e ficou praticamente seco depois do rompimento da barragem, que era utilizada como via de acesso ao condomínio e ao longo dos anos sofreu com a trepidação dos veículos leves e pesados que passavam sogre o dique.
Além de danificar a pista, que chegou a ficar completamente interditada durante cerca de quatro horas nesta terça-feira (20), a onda de água e lama também danificou inúmeras residências de famílias que moram às margens do córrego que era represado no condomínio.
CORREIO DO ESTADO