O mercado físico do boi gordo apresenta continuidade do movimento de alta, com perspectiva por novos reajustes no curto prazo.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a situação das escalas de abate ainda é alarmante para a indústria frigoríficaque segue na pior posição da atual temporada (entre quatro e seis dias úteis na média nacional).
“As indústrias exportadoras atuam de maneira contundente no mercado, uma vez que a demanda por exportação permanece superaquecida, com o Brasil muito bem posicionado no mercado global”.
Segundo ele, os frigoríficos que atuam no mercado interno seguem tentando repassar os reajustes da arroba do boi gordo para a carne no atacado, com intensa alta dos preços da carne no atacado no decorrer da semana.
Preços médios do boi gordo
- São Paulo: R$ 326,42
- Goiás: R$ 319,11
- Minas Gerais: R$ 319,41
- Mato Grosso do Sul: R$ 319,09
- Mato Grosso: R$ 312,09.
Mercado atacadista
O mercado atacadista volta a apresentar preços mais altos para a carne bovina. A perspectiva é de continuidade deste movimento no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia que motiva a reposição ao longo da cadeia produtiva.
“As proteínas de menor valor agregado, a exemplo da carne de frango, devem continuar ganhando espaço em meio ao encarecimento da carne bovina”, assinalou Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,75 o quilo, alta de R$ 0,25. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 18,90 o quilo, alta de R$ 0,65. A ponta de agulha foi precificada a R$ 18,20 o quilo, alta de R$ 0,70.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,63%, sendo negociado a R$ 5,7462 para venda e a R$ 5,7442 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7396 e a máxima de R$ 5,8042.