O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, já soma mais de 3,7 milhões de seguidores nas “contas reservas” que criou após a suspensão de seus perfis oficiais nas redes sociais, determinada pela Justiça eleitoral no sábado.
A decisão de suspender de forma liminar (temporária) as contas de Marçal atendeu a uma ação movida pelo PSB, de Tabata Amaral, e cabe recurso ao TRE-SP. No sábado, Marçal afirmou que recorreria da determinação.
Até o início desta sexta-feira (30), Instagram e TikTok tinham suspendido as contas de Marçal. A decisão atinge ainda o YouTube, o X e o Discord, mas as empresas só precisam executar a suspensão após serem notificadas.
Desde sábado, Marçal e seus apoiadores têm pedido que os seguidores migrem para “contas reservas”. A ideia é que, mesmo se o ele não conseguir reverter a decisão, ou se a restrição for expandida, Marçal mantenha uma presença digital, seu principal meio de comunicação, já que o candidato ficará de fora do horário eleitoral gratuito na Rádio e TV.
Em visita a uma feira livre, no último domingo, Marçal afirmou que a suspensão de suas contas de redes sociais se deveria a um desconhecimento do judiciário eleitoral sobre o tema.
“Eu acredito que a Justiça Eleitoral está aprendendo a mexer com rede social agora. Meu respeito ao juiz que acabou fazendo isso, entendi o lado dele. Eles não sabem ainda mexer com redes sociais”, afirmou Marçal, em ato de campanha em uma feira livre na região do Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo.
“Eles (a justiça) pegaram a matéria de um jornal e argumentaram em cima da matéria de um jornal. Vou ser benevolente com o juiz que acatou isso. O judiciário não entende o que está acontecendo”, afirmou o candidato.
Segundo Marçal, o campeonato de cortes que era realizado no Discord e que foi o motivo da suspensão das contas “foi encerrado antes da eleição”.