Após quase 24 horas, o comandante da PM (Polícia Militar) e outros três policiais continuam ilhados na ponte incendiada pelos indígenas durante uma ocupação na região da fazenda Barra Mansa, em Antônio João, cidade distante 318 quilômetros de Campo Grande.
A equipe policial está na região desde a noite de quinta-feira (12) quando foi acionada pelos fazendeiros. Por volta das 20h, a ponte da região teria sido incendiada e o grupo de policiais, bem como, o dono da fazenda ficaram ilhados.
Com isso, os fazendeiros da região se mobilizaram para arrumar madeiras para a reconstrução da ponte. A reportagem do Jornal Midiamax apurou que, no início da tarde desta sexta (13) um grupo de fazendeiros deu início aos reparos, com ajuda de um caminhão guincho que transportou as madeiras até o local.
Os trabalhos continuam e a previsão é de até às 17 horas a ponte seja liberada e, por fim, o comandante da PM e os policiais sejam liberados para dar continuidade na ação.
Conflito que deixou policiais ilhados
Anteriormente, havia sido dito que os militares teriam sido feito de reféns, mas a ponte incendiada é que teria deixado os policiais ilhados, assim como o dono da fazenda Barra Mansa. Durante o conflito, pelo menos um indígena acabou ferido a tiros de bala de borracha e foi encaminhado para o hospital da cidade.
O dono da fazenda, alvo da ocupação dos índios, registrou um boletim onde ele afirma que a sua propriedade estava sendo incendiada e que o incêndio seria criminoso provocado por alguns índios. O registro da ocorrência foi feito no dia 10 deste mês, na última terça-feira.
Conforme o advogado Anderson Santos, após ocupação da fazenda nesta quinta (12) pela comunidade de Nanderu Marangatu, os indígenas foram atingidos por balas de borracha pela Polícia Militar, três pessoas ficaram feridas e uma delas ainda se encontra internada.
E segundo os indígenas, trata-se da última propriedade que ainda não havia sido retomada pela comunidade, sendo que a última tentativa foi em 2016, quando houve ataque de fazendeiros que vitimou Simeão Vilhalva.