A Câmara de Campo Grande vai debater os rumos do futebol profissional no município. A audiência foi marcada após operação que prendeu o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira.
O encontro acontece nesta sexta-feira (7). A Comissão Permanente de Educação e Desporto convocou a audiência.
Assim, o grupo presidido pelo vereador Professor Juari (PSDB) debaterá o tema a partir das 9h no Plenário Oliva Enciso, na Casa de Leis. Também fazem parte do grupo o vereador Valdir Gomes (PP) como vice, Beto Avelar (PP), Ronilço Guerreiro (Podemos) e Prof. Riverton (PSDB).
Haverá transmissão ao vivo pelo canal aberto da TV Câmara (canal 7.3) e pelas redes sociais da Casa de Lei.
Prisão gerou debates nas Casas
A prisão de Cezário e a exposição de um esquema que desviou mais de R$ 6 milhões do futebol sul-mato-grossense em 2018 e fevereiro de 2023 gerou debate em Mato Grosso do Sul. O assunto também será tema de reunião na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
Neste caso, a Casa de Leis realizará uma reunião da Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Assim, os deputados estaduais debatem sobre o futebol em Mato Grosso do Sul. A reunião acontece nesta terça-feira (4) no Plenarinho Deputado Nelito Câmara.
‘Presente de Bola’
Francisco Cezário de Oliveira está preso há mais de 10 dias após operação contra corrupção. Ele é acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de chefiar esquema que desviou mais de R$ 6 milhões do futebol em MS.
Além dele, outros 6 integrantes do grupo criminoso também estão presos. A Justiça negou o pedido de revogação da prisão em 29 de maio.
O dirigente comanda a entidade desde 1998. A prisão aconteceu durante a Operação Cartão Vermelho em 21 de maio. Portanto, está afastado do cargo.
Além disso, durante a prisão, os agentes também apreenderam R$ 800 mil em espécie – inclusive com notas em dólar – da residência de Cezário.
O depoimento de Cezário no Gaeco aconteceria em 28 de maio. No entanto, apenas um advogado dele compareceu e informou que o mandatário da FFMS iria ficar em silêncio.
“Não foi porque informei ao Gaeco que nessa fase da investigação ele deve se valer do direito ao silêncio. Mandei perto do horário do almoço e já veio o despacho deferindo (…) a ideia do Cezário, que é advogado também, é aguardar o processo que vai responder na Justiça para apresentar a defesa”, declarou André Borges, que atua na defesa da FFMS e de Cezário.