Motorista não prestou socorro e disse que achou que tinha atropelado um animal
Marcos Morandi –
Familiares e amigos de Ramona Zenaide Sanches, de 60 anos, que morreu atropelada no final da tarde do dia 3 de novembro na BR-163, nas proximidades do Trevo da Bandeira, em Dourados, organizam uma manifestação para reivindicar mais segurança no local.
“Se a gente não se manifestar, minha tia vai se apenas uma estatística”, explica Éder Sanches à reportagem do Jornal Midiamax. Ele é sobrinho da vítima e está na linha de frente da organização.
Segundo ele, alguma coisa precisa ser feita para que esse tipo de acidente não acontece mais. “Ali já existe uma ação no MP, CCR tem a concessão da via. Já passou da hora de colocar divisão nas faixas e também uma passarela”.
Ainda de acordo com Éder, o motorista que dirigia o Vectra que matou sua tia, já tinha atropelado outra mulher em 2019. “Ele entrou e saiu pela porta da frente da delegacia. Até quando vai ser impune?”, questiona.
Ramona tinha dois filhos adultos e uma adolescente de 13 anos. Ela trabalhava em uma empresa alimentos há 11 anos. No momento do acidente andava pela pista de bicicleta.
Entenda o caso
Homem de 29 anos se apresentou no final da tarde do dia 5 de novembro no SIG (Setor de Investigações Gerais) como responsável pelo atropelamento da idosa Ramona Zenaide Sanches, de 60 anos, moradora do Jardim Água Boa.
O acidente aconteceu no último domingo (3), na BR-163, próximo ao Trevo da Bandeira, no sentido Campo Grande/Dourados. O condutor, que também é residente no mesmo bairro da vítima, disse que estava a caminho da casa do irmão.
Ele alegou que achou que tinha atropelado um animal e só depois percebeu que se tratava de uma pessoa. Para a polícia ele explicou que fugiu do local porque ficou com medo de represálias de populares.