Após um mês de portas fechadas, a Fazenda Caiman, renomada pela conservação ambiental e ecoturismo, deve reabrir para visitação em 29 de setembro. A decisão em suspender os atendimentos veio após 80% do território da propriedade ser queimado pelos incêndios florestais. A propriedade rural localizada no Pantanal de Miranda também abriga uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), de 5,6 mil hectares.
Em nota, a pousada afirmou que diversas iniciativas já foram tomadas nos 53 mil hectares em prol da manutenção da biodiversidade.
Entre as ações, está o plantio de mudas nativas como piúvas, ximbuvas e manduvis, conhecidas como o “arroz e feijão dos pássaros”, e a construção de poços e açudes para garantir a hidratação dos animais. Além disso, diversas abelhas nativas estão sendo colocadas para ajudar na recuperação do ecossistema.
Outra iniciativa para ajudar a fauna afetada é a suplementação alimentar dos animais. Biólogos do Onçafari, junto aos profissionais da Fazenda, têm distribuído frutas e verduras duas vezes na semana em 15 pontos estrategicamente selecionados. Estes pontos ficam próximos às fontes naturais de água, muito frequentados pelos animais.
“Quando a Casa Caiman reabrir, vamos oferecer uma experiência real de turismo regenerativo, em que os viajantes são os protagonistas deste capítulo de regeneração da natureza. Ao lado de guias e biólogos, eles poderão participar de ações como: plantio de árvores nativas, acompanhamento das câmeras trap espalhadas pela Caiman, alimentação complementar da fauna, entre outras”, diz a nota.
Incêndios na Fazenda Caiman
Conforme nota divulgada em 7 de agosto, a previsão era de que as visitações permanecessem suspensas por dois meses. Na época, declararam:
“Este episódio de força avassaladora, somado a um incêndio ocorrido em julho, resultou na queima de pelo menos 80% da nossa área, uma verdadeira calamidade”.
A propriedade, que abriga mais de 500 espécies de mamíferos e 350 de aves, oferece diversas atividades de turismo de contemplação, entre Safari, Canoa Canadense, Cavalgada e Onçafari.
Incêndio no Pantanal
Riedel deu entrevista em rede nacional na manhã desta quarta-feira (11), e discorreu sobre a severidade dos incêndios que assolam o estado e, principalmente, o Pantanal de MS.
Segundo o governador, as condições climáticas de 2024 são piores que o cenário observado em 2020, quando a maior planície alagável do mundo ganhou atenção mundial diante dos incêndios.
Para se ter ideia da destruição, naquele ano foram registrados 4.790 focos de incêndio no bioma. Já em 2024, já foram contabilizados 6.700 focos.
Até o momento, 2,7 milhões de hectares de MS foram destruídos pelas chamas, segundo ele. Apesar disso, ele garante que “só não queimamos mais áreas por causa do combate”.
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