Grupo sul-mato-grossense representa o Brasil no palco global e reforça a importância da ancestralidade para um futuro sustentável
A música indígena brasileira ganhou um novo palco mundial. O grupo Brô MC’s, formado por jovens indígenas guarani e kaiowá de Mato Grosso do Sul, fez história ao se apresentar no G20, o fórum que reúne os líderes das principais economias do mundo. Com uma performance vibrante e mensagens poderosas, os rappers levaram a cultura indígena para o centro das discussões sobre o futuro do planeta.
Em meio a um cenário global marcado por desafios como as mudanças climáticas e a desigualdade social, a apresentação do Brô MC’s no G20 foi um momento de celebração da diversidade cultural e de reafirmação da importância da ancestralidade para construir um futuro mais sustentável.
A fusão entre o rap e os cantos ancestrais dos povos indígenas, presente nas músicas do grupo, cativou o público presente no evento. A canção “Jaraha”, por exemplo, transmitiu a força e a resistência dos povos indígenas, além de destacar a importância das terras indígenas para o equilíbrio ambiental.
“Estar aqui é uma oportunidade única de mostrar ao mundo que as soluções sustentáveis já existem e que nossos povos são pioneiros nelas”, afirmou Clemerson Batista, integrante do grupo.
O Brô MC’s vem conquistando cada vez mais espaço no cenário musical brasileiro e internacional. Além do G20, o grupo já se apresentou em grandes eventos como o Grammy Latino, o Rock in Rio e o Global Citizen, consolidando-se como uma das principais vozes da luta indígena na música.
A apresentação no G20 faz parte do projeto O Futuro é Ancestral, uma iniciativa que reúne mais de 60 músicos indígenas de oito etnias brasileiras. O projeto tem como objetivo promover a fusão de beats eletrônicos e música tradicional, ampliando a visibilidade da cultura indígena e gerando renda para os artistas.
Com a visibilidade conquistada no cenário internacional, o Brô MC’s se prepara para novos desafios. O grupo está prestes a inaugurar um estúdio de música na aldeia em Dourados (MS) e lançar um novo álbum, que promete trazer ainda mais novidades e fortalecer a identidade indígena na música brasileira.