Destituído esta semana da presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira se livra da tornozeleira eletrônica. O monitoramento eletrônico do ex-dirigente começou após ele deixar a prisão, em 7 de junho. Nesse intervalo, ele chegou a ser preso novamente em 28 de agosto, quando ficou mais duas semanas atrás das grades.
Tudo começou quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Cartão Vermelho, que revelou suposto esquema chefiado pelo então dirigente que desviou mais de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense.
Assim, Cezário se livra do monitoramento por ter decorrido o prazo de 90 dias. “Portanto, decorrido prazo não mais subsistem os motivos para o monitoramento eletrônico. 2. Comunicar a Unidade de Monitoramento para a retirada do monitoramento eletrônico do acusado Francisco Cezário de Oliveira“, consta em decisão judicial publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (18).
Investigação
Cezário foi preso novamente no último dia 28 de agosto. Ele foi flagrado realizando reuniões em sua casa, no bairro Taveirópolis, com presidentes de clubes e dirigentes esportivos. Cezário estava impedido de exercer ‘qualquer função na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul’. Por isso, foi expedido um novo pedido de prisão.
O ex-presidente da federação é acusado de desvios de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense e foi preso a primeira vez em maio deste ano, na Operação Cartão Vermelho. Ficou 15 dias preso e foi solto com tornozeleira após passar mal após a morte da irmã, no início de junho.
Francisco Cezário de Oliveira e mais 11 pessoas foram denunciadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos crimes de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
Defesa de Cezário alega que dirigentes fizeram visita de solidariedade por morte de irmã
No pedido de revogação da prisão do dirigente, o advogado Júlio César Marques alegou que a visita de dirigentes de clubes à residência de Cezário se deu por motivos de solidariedade após a morte da irmã.
“A única irmã que ele tinha (Cezário) faleceu. Aparecido (Alves Pereira, sobrinho de Cezário), Umberto (Alves Pereira, sobrinho), Valdir (Alves Pereira, sobrinho), Luíz (Carlos de Oliveira, irmão), Francisco Carlos (Pereira, sobrinho) e Marcelo (Mitsuo Ezoe Pereira, filho de Umberto) são familiares que viviam em volta dele e, por causa da tornozeleira, não estão mais tendo contato. Ele está isolado”, pontuou.