Empresa aérea dona do avião que caiu no último dia 9 em Vinhedo, no interior de São Paulo, matando 62 pessoas, a Voepass anunciou nesta terça-feira, 20, que, devido à redução de sua frota, não vai operar voos em nove cidades do País até o dia 26 de outubro. Depois dessa data haverá um replanejamento, segundo a empresa.
Três cidades deixaram de ser atendidas pela Voepass já no dia do acidente: Fortaleza (CE), Confins (MG) e Porto Seguro (BA). A partir de 26 de agosto, a companhia não terá rotas em Salvador (BA), Natal (RN) e Mossoró (RN). Em 2 de setembro deixam de ser atendidas as cidades de São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).
Segundo a empresa, os passageiros que adquiriram bilhetes envolvendo as cidades que deixaram de ser atendidas nesse período “serão tratados conforme a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil”. A resolução, de 2016, cita a hipótese de reembolso, mas a nota não deixa claro se será essa a conduta da empresa.
Segundo a nota da Voepass, com um avião a menos na frota “foi necessário realizar uma readequação” na malha aeroviária para “garantir uma melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”.
A nota afirma ainda que em 26 de outubro “os trechos atuais e futuros serão replanejados dentro da estratégia da Voepass para a próxima temporada”.
Segundo relato de clientes e pesquisa da reportagem, o arquipélago de Fernando de Noronha também foi afetado, nos dias subsequentes ao do acidente, havendo dificuldade para marcar voos que envolvam esse local. A reportagem questionou a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Comissão para acompanhar as investigações
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira, 20, a criação de uma comissão externa para acompanhar as investigações do acidente aéreo que ocorreu no último dia 9 em Vinhedo. O grupo será formado por 37 parlamentares.
O coordenador do colegiado será o deputado Bruno Ganem (Podemos-SP). Em comunicado, a Câmara informa que não haverá ônus para as atividades da Casa. (Colaboraram Iander Porcella e Victor Ohana).