O pecuarista responsável pelo abandono que resultou na morte de cerca de 300 animais, deixados à própria sorte, deverá comprovar, por meio de fotos e relatórios, as medidas tomadas para sanar a situação de maus-tratos na Fazenda Alvorada, localizada em Rio Verde de Mato Grosso/MS. A determinação é do Ministério Público, que instaurou inquérito civil para apurar o caso.
Além disso, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente requisitou a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que exigirá ações corretivas e monitoramento das condições dos animais remanescentes.
O caso, que gerou grande repercussão no dia 5 de setembro, revelando cenas de crueldade. Pescadores avistaram os animais atolados nas margens do Rio Taquari, sem conseguirem se mover e, consequentemente, morrendo de fome e sede. A situação escancarou uma grave violação das normas de bem-estar animal.
Conforme informou o promotor de Justiça Matheus Carim Bucker, um sobrevoo com drone sobre a propriedade permitiu a contagem aproximada de 984 bovinos, dos quais 268 já estavam mortos, enquanto cerca de 716 estavam em condições de maus-tratos e em risco iminente de morte.
O proprietário da Fazenda Alvorada chegou a ser preso, mas foi liberado e responderá em liberdade pelos crimes de maus-tratos e danos ambientais. Além das acusações criminais, ele foi penalizado com uma multa diária de R$ 3 mil por cada cabeça de gado em situação irregular, o que equivale a aproximadamente R$ 2,9 milhões por dia.
No entanto, o valor da multa poderá deixar de ser cobrado caso o pecuarista apresente documentos e evidências que comprovem a regularização da situação e a adoção de medidas de recuperação dos animais restantes.
O Ministério Público seguirá acompanhando o caso de perto para garantir que os animais sobreviventes recebam os cuidados necessários, e que os responsáveis sejam devidamente punidos pelas violações cometidas.
Fonte: Da redação