O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) confirmou novo acordo com a FFMS (Federação de Futebol de MS) para acabar com inquérito que apura irregularidades flagradas em 2011.
As alterações ocorrem em meio a escândalo que assolou o futebol sul-mato-grossense após operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelar desvios de mais de R$ 10 milhões em esquema que seria comandado pelo então mandatário da FFMS, Francisco Cezário de Oliveira, que acabou destituído do cargo este mês.
O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) refere-se a processo sobre ocorrido em 2011, quando um atleta do Rio Verde Esporte Clube participou de jogos da Série A do campeonato sul-mato-grossense.
Conforme ação, a irregularidade contou com “efetiva participação de Francisco Cezário de Oliveira e Marco Antonio Tavares”. No entanto, como eles não constam mais na FFMS, ficam liberados da responsabilidade sobre o novo acordo.
Na época, o TAC foi firmado e previa a cessão de ingressos para partidas no Morenão. Porém, com a reforma do estádio e indisponibilidade do local para jogos ao menos até 2028, e após os escândalos e mudança de gestão, o MPMS chamou o novo mandatário, Estevão Petrallas, para um novo acordo.
Dessa forma, ficou acordado que a FFMS irá pagar R$ 15 mil como reparo à coletividade lesada. O valor será pago em cinco parcelas de R$ 3 mil, sendo que a primeira foi em 10 de setembro.
A promotoria alertou a Federação de que o não pagamento irá resultar em ação judicial de execução.
Desvios na FFMS
Francisco Cezário de Oliveira e mais 11 pessoas foram denunciadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelos crimes de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
Conforme a denúncia baseada nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o montante desviado pelo grupo de Cezário superou os R$ 6 milhões apurados inicialmente. Logo, apurou-se que os valores podem ultrapassar os R$ 10 milhões, segundo o Gaeco.
Ainda, na denúncia, o MPMS pede pagamento para reparação de danos no valor de R$ 20 milhões, sendo R$ 10 milhões para reparar os prejuízos causados à FFMS e o restante a título de danos morais coletivos.