De acordo com o boletim de ocorrência, no dia anterior, por volta das 20h, a PM já havia sido chamada ao hospital, onde conselheiros tutelares denunciavam um caso de maus-tratos contra a criança. O médico plantonista relatou que o menino apresentava diversas lesões pelo corpo, incluindo cabeça, queixo, braços e abdome, além de estar desidratado. Devido à seriedade do quadro, foi necessária a transferência da vítima para um hospital em Campo Grande.
Ao serem questionadas pela polícia, a mãe e a avó da criança entraram em contradição. A jovem alegou que havia deixado o filho sob os cuidados da sogra enquanto estava em uma fazenda. Já a sogra afirmou que a nora morava com ela há cinco meses e costumava agredir o menino, mas que não interferia na criação dele.
A mãe, por sua vez, mudou sua versão e acusou a irmã de cometer as agressões. Segundo ela, a tia do menino usava um cano de água e cadarço de tênis para bater e até amarrava a criança. Além disso, afirmou que todos que moravam na casa tinham conhecimento dos maus-tratos, mas nada faziam para impedir.
A irmã da mãe negou as acusações e afirmou que a verdadeira agressora era a própria jovem, além de relatar que o ambiente em que o menino vivia era marcado pelo consumo frequente de bebidas alcoólicas na sua presença.
Todos os envolvidos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos, enquanto a criança ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.
O caso causou grande indignação na cidade. Uma testemunha relatou à imprensa que a criança exalava um forte odor e que a cena era desoladora.
“A situação era muito triste. Esse caso precisa repercutir, não precisamos ir tão longe para ver essas coisas. Foi horrível, foi horrível!” – desabafou a testemunha.
Diante da gravidade da situação, a criança foi encaminhada para Campo Grande, onde recebe atendimento médico adequado. O caso segue sob investigação para esclarecer responsabilidades e garantir a proteção do menino.