Passar protetor solar, aplicar fórmulas de skincare, não se expor ao sol, ter boas noites de sono e tomar bastante água. Quando somados, ou melhor, feitos rotineiramente, esses hábitos podem ser o combo quase perfeito para prevenir o envelhecimento da pele. Entretanto, um detalhe pode colocar praticamente tudo a perder: a alimentação.
De acordo com o médico gastroenterologista Saurabh Sethi, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, há um alimento que deveria ser eliminado do prato por servir como uma bomba pró-envelhecimento. Consumida “geladinha” para acompanhar as refeições, essa opção atende pelo nome de refrigerante.
Para entender como a bebida afeta a saúde da pele e acentua o envelhecimento, a coluna Claudia Meireles conversou com a dermatologista Ana Carolina Sumam, do Rio de Janeiro. Segundo a médica membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD), o refrigerante prejudica a cútis em razão do alto índice glicêmico, no caso, pelos açúcares contidos no alimento.
“Os carboidratos contribuem para um processo chamado de glicação, que é uma destruição das fibras colágenas e elásticas. É como se essas fibras fossem ficando mais enrijecidas e, consequentemente, perdem a sua função”, explica a médica. Em um copo de 200 ml de refrigerante, há entre 10 gramas e 22 gramas de açúcar.
Ana Carolina acrescenta que “qualquer alimento com alto índice glicêmico ocasiona esse processo de glicação”. Conforme a dermatologista, esse efeito provoca um impacto negativo na qualidade da pele, principalmente na matriz extracelular, por conta da destruição das fibras colágenas e elásticas.
Tanto a elastina quanto o colágeno oferecem firmeza, elasticidade e jovialidade para a pele. Outras condições negativas tendem a surgir na cútis devido à composição da bebida. “Alimentos com alto índice glicêmico também podem contribuir para o aumento da oleosidade da pele e da acne. Esses são os principais efeitos negativos do refrigerante na pele”, aponta a médica.